Morreu no Hospital Municipal de Contagem (HMC) na última noite, Camila Gonçalves, 33 anos, que foi esfaqueada sete vez pelo ex-companheiro em Ibirité na manhã dessa quarta-feira (11) enquanto chegava para iniciar os trabalhos. A mulher era servidora da prefeitura e trabalhava como gari, segundo nota do Executivo.
Ainda de acordo com a prefeitura, Camila deu entrada na UPA de Ibirité na quarta-feira após o crime, mas foi transferida na mesma data para o Hospital Municipal de Contagem “devido ao estado delicado de saúde, que demandava uma maior atenção”.
A morte foi confirmada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (12). “A investigação tramita na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Ibirité, onde o crime de feminicídio será apurado”, disse a corporação por meio de nota.
O homem, de 39 anos, foi preso dentro de um bar próximo à residência dele minutos depois de cometer o crime. De acordo com a Delegada Carolina de Oliveira Urbano, o suspeito disse que não se recorda dos fatos. No momento, a polícia decretou a prisão em flagrante por tentativa de feminicídio, já que a vítima ainda lutava pela vida no hospital. Ele foi encaminhado ao Sistema Prisional, ficando à disposição da Justiça.
O crime
A Polícia Militar foi acionada por volta das 8h40 após informações de uma tentativa de homicídio em via pública. Ao chegarem no local, os militares se depararam com marcas de sangue na rua. Ao entrarem em uma escola estadual, encontraram a mulher ainda com sinais vitais e coberta por uma cortina porque sentia muito frio após perder sangue.
Durante o socorro até o hospital municipal de Ibirité, a mulher contou aos policiais que foi atingida pelo ex-companheiro, com que se relacionou há pouco tempo. Devido à gravidade das lesões, a vítima não conseguiu passar mais informações.
Após levarem a vítima até o hospital, os policiais retornaram à escola onde a mulher estava. Uma testemunha alegou que é comum que funcionárias do serviço de limpeza urbana da cidade tomem café na instituição de ensino antes de saírem para os locais de trabalho, dando a entender que essa era a função da vítima. Nessa quinta, as funcionárias perceberam que a funcionária se atrasou, o que não era algo que ocorria. Instantes depois, ouviram um barulho no portão da escola e viram a mulher entrar cambaleando e logo depois cair no chão perdendo bastante sangue.
Imagens de segurança de uma igreja próxima à escola mostraram parte do crime. O homem puxa a mulher pelo cabelo e com ela no chão, dá os golpes de faca. Após o crime, ele foge caminhando normalmente pelas ruas.
Durante as diligências, uma viatura da Polícia Civil foi até a casa do suspeito, onde uma pessoa informou que ele chegou, trocou de roupa e saiu novamente. Ele foi encontrado em um bar próximo à residência.
