A polícia continua procurando, nesta quarta-feira (10), o adolescente de 17 anos suspeito de sequestrar a própria irmã, de 3 anos, no bairro Canaã, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A criança desapareceu durante a tarde de segunda (8), mas foi libertada e deixada em uma avenida movimentada de Santa Luzia, na Grande BH, durante a noite.
“Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que, até o momento, o adolescente não foi localizado. As investigações seguem em andamento pelo Departamento de Operações Especiais (DEOESP). Mais informações serão repassadas após a finalização dos trabalhos investigativos”, disse a corporação.
A Polícia Militar foi acionada pela mãe da menina, por volta das 18h30, após ela chegar em casa e não encontrar nenhum dos seus filhos. A mulher entrou em contato com o motorista do escolar, que informou ter entregue a menina para o irmão dela durante a tarde. Câmeras de segurança registraram o momento em que a criança é entregue para o irmão.
A avó da criança entrou em contato com a mãe informando ter recebido mensagens do suposto sequestrador. O homem teria enviado uma foto da menina em uma passarela da MG-010, que foi apagada logo depois. Na sequência, foi feito o pedido de resgate de quase R$ 14 mil. O delegado Rodrigo Bustamante destaca que o pedido de resgate foi feito via boleto bancário, o que não é muito comum.
“Foi de forma até inusitada, né, nos chamou a atenção essa prática. Ainda não conseguimos avaliar o envolvimento do CPF que consta como emissor do boleto, mas isso tudo vai ocorrer durante o trabalho de investigação”.
Durante a noite, o sequestrador mandou mensagens para a avó da menina afirmando que havia se cansado de esperar pelo pagamento e iria liberar a vítima. O suspeito informou que ela seria encontrada na Avenida Brasília, uma das mais movimentadas de Santa Luzia, na região metropolitana. Policiais e familiares foram até o local e localizaram a criança junto com um homem que afirmou tê-la encontrado em frente a um ferro-velho.
O delegado Rodrigo Bustamante esclarece que todas as hipóteses são avaliadas neste momento, mas o caso é tratado como um possível sequestro e o principal suspeito é o irmão da criança, um adolescente de 17 anos que ainda não foi localizado. O investigador esclarece que os pais precisam ficar muito atentos ao comportamento dos filhos.
“Muitas vezes, a percepção familiar pode ser adversa do que realmente ocorre. A juventude hoje esconde muito do seu comportamento para os seus familiares. Então nem sempre a percepção familiar de que é um bom filho pode mascarar qualquer outra conduta que ele vem desenvolvendo em outro meio social”.
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