“Escrivão ligando para mim, falando que delegado estava tentando falar comigo. Não era momento para aquilo. Depois, esperando chegar no IML, foi pressão de vários detetives, policiais. Será que isso é normal?”, questionou o pai de Rafaela.
Rafaela Drumond foi encontrada morta na casa da família, em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes, em 9 de junho. O caso foi registrado como suicídio. Ela atuava na delegacia de Carandaí, na mesma região, e relatou assédio moral e sexual no trabalho.
Possíveis assediadores
Um dos requerimentos propostos na audiência prevê que seja encaminhado à Polícia Civil pedido para que os dois servidores suspeitos de assédio contra Rafaela sejam afastados preliminarmente de suas atividades até o fim das investigações.
Esse requerimento deve ser votado na próxima reunião da Comissão de Segurança Pública, no dia 11 de julho.
Sugestão de exoneração
O celular da escrivã está com a Polícia Civil.
Boletim de ocorrência
O pai de Rafaela ainda questionou o teor do boletim de ocorrência feito no dia da morte dela.
Testemunhas já ouvidas
A chefe da Polícia Civil de MG, Letícia Gamboge, o corregedor-geral da Polícia Civil, Reinaldo Felício Lima, e a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, participaram da reunião.
O corregedor-geral da Polícia Civil, Reinaldo Felício Lima, disse que o procedimento está sendo feito de maneira “isenta”.
Deputados, representantes do governo, entidades sindicais e a família da vítima também participaram da audiência.
O que dizem as polícias
O reportagem procurou a Polícia Civil e a Polícia Militar sobre as denúncias feitas na audiência.
Em nota, a PC afirmou que “as apurações estão em andamento na Corregedoria-Geral da Polícia Civil” e “mais informações serão repassadas ao término do inquérito policial”.
A PM disse que, “no dia dos fatos, colheu as informações preliminares constantes” no boletim de ocorrência “para subsidiar as investigações por parte da Polícia Judiciária”.