Suspeito fez chamada de vídeo exigindo resgate para família de jovem queimada viva na BR-040 entre Sete Lagoas e Esmeraldas

Reprodução redes sociais

A família da jovem Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, 21 anos, sequestrada, torturada, queimada e morta entre Sete Lagoas e Esmeraldas, diz que o suspeito de participação no crime preso pela PM fez uma chamada de vídeo para a mãe da vítima, pedindo resgate de R$ 30 mil. Ainda conforme parentes, Layze aparecia ao lado do homem, com vários ferimentos. O suspeito, de 34 anos, tinha um relacionamento amoroso com a vítima há um mês e nega as acusações.

“Ela estava devendo isso (R$ 30 mil) e me pediu para levar, pra resolver o problema de dívida. Tanto que ela que ligou para mãe, que viu que ela estava toda machucada e pediu para resolver isso primeiro”, disse o suspeito, que apresentou três identidades falsas e informou trabalhar com motorista de aplicativo.

Durante a entrevista à Itatiaia, o homem, de 34 anos, apresentou diferentes versões, entrou em contradição e não conseguiu responder várias perguntas. Uma funcionária de um motel de Belo Horizonte também foi presa.

Homem é natural do Mato Grosso e, segundo a polícia, tem passagens por tráfico internacional de drogas. Ele foi preso nesta segunda-feira (20), depois de a jovem ser encontrada em chamas por um caminhoneiro em um trecho da BR-040 que pertence ao município de Pedro Leopoldo, na Grande BH.

De acordo com a Polícia Militar (PM), Layze estava desaparecida desde segunda-feira (12) de Carnaval, foi torturada e ainda levou sete facadas antes ter o corpo queimado. O preso disse que a participação dele no crime foi entregar a jovem a traficantes do bairro Pindorama, região Noroeste de Belo Horizonte.

Entenda

Um homem e uma mulher foram presos, suspeitos de participação no crime, foram presos pela PM nesta segunda-feira (20). A jovem foi encontrada com o corpo em chamas por um caminhoneiro que passava por um trecho da BR-040 na cidade de Pedro Leopoldo, na Grande BH, na noite dessa segunda-feira (19). O motorista acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a polícia imediatamente.

Layze teve 90% do corpo queimado e morreu ao dar entrada no Hospital João XXIII. Além das queimaduras, a jovem sofreu pelo menos sete facadas em todo o corpo. De acordo com a polícia, ela foi sequestrada e estava sendo mantida em cárcere privado desde o domingo (11) de Carnaval.

Dívida

A mãe da vítima afirmou aos policiais que a filha tinha envolvimento com o tráfico de drogas e que estava devendo cerca de R$ 15 mil para bandidos. Já a polícia aponta que a dívida era de R$ 30 mil.

A família da Layze conta que, desde o desaparecimento, passou a receber ameaças, para quitar a dívida. Caso contrário, ela seria morta pelo “tribunal do crime”. A família tentou juntar dinheiro para pagar, mas não conseguiu todo valor .

Prisão

Militares tiveram acesso à chave PIX enviada para o pagamento da dívida. Os policiais encontraram o homem e a mulher em um carro nas imediações do bairro Jardim Leblon, região de Venda Nova, em BH. O veículo foi alugado pela suspeita, que nega participação no crime. Ela afirmou aos policiais apenas ser a dona da chave PIX repassada à família da vítima.

Já o homem preso estava com três identidades falsas. O nome usado por ele não foi encontrado no banco de dados. O suspeito afirmou ser do estado de Mato Grosso do Sul, informação também não confirmada pelas autoridades.

O que diz a Polícia Civil

“Em relação aos fatos ocorridos na noite desta segunda-feira (19/2), na rodovia BR-040, na região de Pedro Leopoldo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), tão logo acionada, deslocou equipe da perícia oficial ao local do crime, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios que irão subsidiar a investigação.

A vítima, uma mulher de 21 anos, foi socorrida e encaminhada para um hospital, em BH, onde recebeu o devido atendimento médico-hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Em seguida, o corpo dela foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal Dr André Roquette para ser submetido ao exame de necropsia.

Após diligências realizadas pela Polícia Militar, na capital, uma mulher, de 34 anos, e um homem, 36 anos, foram conduzidos à delegacia e a ocorrência encontra-se em andamento. Outras informações poderão ser repassadas após a finalização dos procedimentos de polícia judiciária”.

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