Foi preso neste sábado (20), na cidade de Papagaios, região Centro-Oeste de Minas Gerais, Diego Caldeira Hastenreter, de 38 anos, apontado como o autor do assassinato do advogado Pedro Cassimiro, executado com 30 disparos próximo ao fórum de Ibirité, no dia 27 de maio.
Diego Caldeira Hastenreter foi detido por policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O suspeito, também conhecido como “Guerreiro”, atua no mundo do crime na região do Vale do Jatobá 4, no Barreiro. Segundo a investigação, a motivação do crime seriam desentendimentos na relação entre advogado e cliente, uma vez que Diego era cliente de Pedro e ambos vinham tendo vários desentendimentos sobre as linhas de defesa.
No dia 6 de maio, houve uma audiência de um caso de Diego Hastenreter, mas o advogado Pedro Cassimiro não compareceu, deixando que o criminoso fosse julgado, o que revoltou Diego. Uma fonte da Itatiaia relatou que esse julgamento foi o principal motivo para o assassinato.
Morte de Pedro Cassimiro
Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça foi executado com 30 disparos próximo ao fórum de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 27 de maio. O advogado foi enterrado no dia 28, no Cemitério Central da cidade. Segundo testemunhas, o suspeito, agora identificado como Diego Caldeira Hastenreter, de 38 anos, teria fugido em um carro. A placa do veículo foi anotada, mas descobriu-se que era clonado.
Na época, pelas redes sociais, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) — Subseção Ibirité lamentou o assassinato de Pedro: “A advocacia de Ibirité está em luto em razão do assassinato de nosso colega advogado criminalista, Dr. Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça. A OAB Ibirité e a Seccional Mineira estão acompanhando todo o ocorrido junto aos familiares e prestando os devidos auxílios. Nossos profundos e sinceros sentimentos aos familiares e amigos”.
Indignação e revolta
O crime causou enorme comoção em meio à advocacia criminal, uma vez que Pedro era atuante na área e tido como um profissional sério e ético. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o advogado Sérgio Leonardo, presidente da OAB-MG, repudiou o crime e relembrou o assassinato do delegado Hudson Maldonado, esfaqueado e queimado vivo em Sete Lagoas. “Mais um advogado brutalmente assassinado em Minas Gerais. Semana passada, foi o doutor Hudson Maldonado, que foi brutalmente assassinado, e as investigações preliminares indicam que tudo decorreu de sua atuação profissional como advogado há mais de 18 anos. Hoje nós estamos perplexos, mais um colega foi brutalmente assassinado. (…) Isso nos causa indignação e revolta”, disse.
“A OAB de Minas Gerais vai designar uma comissão para acompanhar essa investigação. A advocacia não será calada por fogo nem por arma de fogo”, completou.
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