Uma força-tarefa montada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio da Receita Estadual e das polícias Civil e Militar cumpre, nesta quarta-feira (9 de outubro), mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de esquema de sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Conforme as investigações, os suspeitos teriam sonegado mais de R$ 90 milhões em impostos.
Foram cumpridas medidas de busca e apreensão em oito endereços nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem, na região metropolitana, incluindo sete alvos comerciais e duas pessoas físicas, além de buscas pessoais em oito indivíduos.
Segundo apurado, o grupo empresarial investigado, que atua no setor de produção e comercialização de embalagens de alumínio, acumula mais de R$ 90 milhões em dívidas de ICMS, cobradas em 72 processos tributários em aberto.
De acordo com o MPMG, a associação criminosa utilizava métodos sofisticados para tentar burlar a ação do fisco, incluindo emissão de documentos fiscais falsos, criação de empresas de fachada, substituição frequente de “laranjas” na administração e gestão das empresas que mantinham o esquema, assim como manutenção de empresas próprias para blindagem patrimonial dos beneficiários das fraudes.
As investigações do MPMG apontam que o esquema não apenas drenava os cofres públicos, mas também comprometia a competitividade em Minas Gerais, prejudicando empresários que atuam dentro da legalidade e fomentando práticas desleais no mercado.
A operação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, seis servidores do MPMG, um delegado, 10 investigadores da Polícia Civil, 24 Policiais Militares e 40 servidores da Receita Estadual de Minas Gerais.
Os detalhes da ação serão divulgados em operação nesta quarta-feira (9 de outubro).