Silene Macedo, de 45 anos, uma moradora de Contagem, Minas Gerais, estava entre os 219 brasileiros que desembarcaram no Rio de Janeiro na madrugada desta quinta-feira, 19 de outubro, no sexto voo de resgate da Força Aérea Brasileira (FAB). Ela retornou ao Brasil após viver momentos de apreensão em Israel, onde viajou a turismo com sua tia há três meses, apenas para ser surpreendida pelo conflito na região.
Silene compartilhou sua experiência com a TV Globo e descreveu os dias difíceis que ela e sua tia enfrentaram em meio ao conflito em Israel. As duas viajantes chegaram ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, após voar de Tel Aviv em voos comerciais.
“Nós fomos passear e nos deparamos com essa guerra lá. Foi muito difícil para todos nós. Todos os dias, sirenes e bombas. As cidades atingidas, nós estávamos perto. Estávamos em Jerusalém e Bene Beraq. Então, era todo dia um dia de terror”, relatou Silene.
A mineira elogiou o trabalho dos profissionais da Força Aérea Brasileira e descreveu a situação de aflição que testemunhou em Israel. Muitas pessoas estavam visivelmente aflitas pelas ruas.
“É um alívio porque a gente vê muita gente desesperada, principalmente um rapaz, que a gente até parou para perguntar se ele teve algum amigo que sofreu algum ataque. Ele falava ‘gente, pelo amor de Deus, alguém me tira daqui’. Ele ficou traumatizado”, relembrou.
A experiência de Silene como profissional da saúde a ajudou a manter a calma, apesar de uma semana de bombardeios constantes.
“Toca a sirene primeiro e depois vêm as bombas. Eu sou mais tranquila. Minha tia estava em outra cidade e ela ficou muito assustada. Então eu fui ligando e tranquilizando ela. ‘Vai para o quarto, fica tranquila, que já já passa’. Só que não passava. Era o tempo todo”, descreveu.
A história de Silene é um testemunho da angústia enfrentada por muitos que vivem em áreas de conflito e ressalta a importância das operações de resgate da FAB para trazer cidadãos brasileiros de volta ao país em momentos críticos.
