Uma onça parda, que estava em recuperação do Zoológico de Belo Horizonte após ser atropelada, iniciou o seu processo de retorno à natureza. O felino chegou ao espaço na capital mineira em fevereiro deste ano depois de ter sido resgatado pelo Corpo de Bombeiros próximo a uma rodovia em Campos Altos, na região do Alto Paranaíba. O animal, que é nativo do Brasil e das Américas, faz parte de uma espécie ameaçada de extinção.
“Esse animal foi atropelado e veio com fratura já tratada por uma cirurgia feita pela Universidade Federal de Uberaba. Ele precisava de um recinto mais seguro e amplo para restabelecer os movimentos e foi mantido em uma área de quarentena do Zoológico”, explicou Carlyle Mendes Coelho, coordenador da gerência de Veterinária do Zoo de BH.
No Zoo de BH, a onça parda ficou aos cuidados dos técnicos do espaço, como veterinários, biólogos e zootecnistas. O acompanhamento também foi feito pelas equipes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
“Por se tratar de um animal que veio da natureza, muito arredio e que ficava parado em uma área isolada do recinto, utilizamos técnicas com as quais conseguimos estimular os movimentos, principalmente à noite. Essa movimentação foi essencial para a recuperação dela, que agora será solta em uma área específica não informada por questões de segurança”, aponta o coordenador da veterinária.
O acidente
Devido ao acidente, a onça passou por uma cirurgia ortopédica de alta complexidade no Hospital Veterinário da Universidade de Uberaba (Uniube). O processo foi realizado em fevereiro com objetivo de corrigir uma fratura no osso da coxa da pata traseira esquerda. A cirurgia foi bem sucedida, e a reabilitação foi realizada no Zoológico de Belo Horizonte.
“Essa escolha pelo zoológico de BH leva em conta a nossa experiência no cuidado com o animal. Tanto a experiência na área de Medicina Veterinária, quanto a experiência na área de biologia e manejo. Isso confere uma responsabilidade maior nossa e também uma garantia de um bom cuidado e certeza que os animais vão ficar bem após uma soltura”, destaca o gerente do Zoológico, Humberto Mello.
A escolha pelo espaço na capital mineira se deu pela experiência da equipe no cuidado com esses animais, tanto na área de Medicina Veterinária, como na biologia e manejo. “Isso confere uma responsabilidade maior nossa e também uma garantia de um bom cuidado e certeza que os animais vão ficar bem após uma soltura”, reforça Mello.
Após a reintrodução na natureza, a onça será monitorada por um equipamento (colar) colocado antes de sua saída do Zoo.