A Polícia Civil de Minas Gerais decretou greve na tarde desta quarta-feira. A partir de sábado, a categoria informou que vai atender apenas 30% dos serviços nas delegacias, institutos médicos legais, Departamentos de trânsito, entre outros. O grupo se reuniu na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) por volta das 13h e depois da decisão saiu em passeata por ruas e avenidas de Belo Horizonte. A Praça Sete chegou a ser fechada.
De acordo com Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG), a categoria cobra o pagamento de abono vestimenta da Polícia Civil, pois a Polícia Militar (PM) recebeu em junho e a categoria ainda não, equiparação do piso salarial dos investigadores e escrivães ao de perito. Segundo a categoria, desde 2013, quando foi votada a lei orgânica, acabou a hierarquia dos funcionários de carreira. Pedem, ainda, a equiparação dos salários dos delegados aos defensores públicos.
Os policiais civis se reuniram por volta das 13h no pátio da ALMG, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em assembleia, decidiram em começar a greve em 48h. A partir das 0h de sábado, apenas 30% dos serviços serão realizados. Com isso, os trabalhos devem ficar mais lento nas delegacias, no setor de identificação, nos IMLs e nos Detrans. Segundo o Sindpol, as operações policiais também estão suspensas.
Sobre a possível paralisação prevista de ter início no sábado, a Polícia Civil afirmou que não foi informada oficialmente sobre a situação e nem sobre as reivindicações da categoria.
Manifestação
Depois da assembleia, os servidores saíram em passeata por ruas e avenidas de Belo Horizonte. O grupo seguiu para a Praça Sete, no Centro, e fechou os cruzamentos entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas, por aproximadamente 10 minutos. O tempo foi o suficiente para deixar o trânsito lento em vias do entorno.
Outra paralisação
Na última semana, outra categoria ligada a segurança pública de Minas Gerais paralisou os serviços, os agentes penitenciários. As visitas aos presos foram suspensas no sábado e os detentos se rebelaram em quatro presídios, o Bicas I e o Bicas II, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em unidades de Governador Valadares, Vale do Rio Doce, e no Ceresp Centro-Sul, no Centro da capital. Em Montes Claros, Norte de Minas, dois ônibus coletivos foram queimados e a suspeita é que a ordem tenha partido dos presos, revoltados com a suspensão das visitas.
Os agentes decidiram encerrar a paralisação na última segunda-feira depois de um acordo feito com o Governo de Minas em audiência de conciliação realizada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).