Assistidos pela Associação dos Deficientes Visuais de Sete Lagoas (Advisete) estiveram na Câmara Municipal para conhecerem o ambiente onde é discutido o futuro da cidade e para se inserirem socialmente em um lugar completamente novo para a maioria deles. A visita faz parte de um projeto desenvolvido pela associação para que os deficientes visuais e físicos possam ter mais autonomia e independência.
O assistente social da Advisete, Cristiano Pereira, acompanhou o grupo e ficou satisfeito com o resultado da visita e a interação da turma. “Queremos proporcionar a eles a oportunidade de conhecer outros ambientes e socializar com outras pessoas. A gente acredita que isso é muito importante para eles criarem uma autonomia e independência”, entende.
Na associação os deficientes são inseridos em oficinas de artes e informática, além de participarem do processo de fabricação de fraldas que são doadas. A saída possibilita ainda aos deficientes conhecerem um mundo novo já que vários deles tem uma rotina diária restrita entre escola casa e associação. “Vamos levá-los também a outras repartições públicas e praças da cidade”, completa Cristiano.
O presidente da Câmara, Cláudio Caramelo (PRB) não escondeu a satisfação e comemorou o fato de o Plenário ser escolhido no palco principal da estada da turma no Legislativo. “Aqui a gente discute o futuro da cidade e nada mais justo e gratificante do que servir também como suporte e ferramenta de inclusão social. Sem dúvida, é um dia especial como presidente”, afirmou.
O deficiente visual Vítor Emanuel, de 16 anos, era um dos mais animados e usou um dos microfones do Plenário para narrar um gol, simulando narração esportiva. “Gostei muito de ouvir e também das cadeiras dos vereadores. Foi muito legal”, admite.
Outro que se realizou com a visita foi o fundador da Advisete, vereador João Evangelista (PSDB) que perdeu a visão aos 24 anos de idade. “Este é um conhecimento que falta a muitas pessoas, principalmente aos deficientes. Conhecer o Poder Legislativo faz toda a diferença na vida desses adolescentes e são necessárias mais ações como essa para valorizar e enriquecer a vida de cada um deles”.
