Investigação
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil concluiu o inquérito na terça-feira (18), concluindo que “a responsável pelo crime foi a mãe da vítima”.
Para a Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, testemunhas relataram que Andréia teria tido um surto psicótico, cometido o crime e teria tentado se suicidar depois, tomando um produto de limpeza.
A polícia analisou imagens de câmeras do edifício que mostraram parte da família do lado de fora do prédio com Gael. O assassinato foi cometido dentro do imóvel, onde não há câmeras.
Do lado de fora do condomínio, as imagens também mostram o momento em que o pai de Gael, que é separado da mãe do garoto, deixa a criança com a tia-avó de Andréia.
Andréia está presa na penitenciária feminina de Tremembé, no interior paulista. Seu advogado informou, no entanto, que chegou a pedir à Justiça a prisão domiciliar ou a transferência dela para um hospital psiquiátrico, além de insistir na realização de um exame de insanidade mental para ela.
“A primeira coisa que ela perguntou foi sobre o filho, eu contei sobre o ocorrido, e ela desabou a chorar, só consegui retomar a conversa com ela 40 minutos depois”, afirmou em 11 de maio o advogado Fábio, que defende a acusada.
O crime
Andréia ficou em silêncio durante seu interrogatório na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Cambuci, Centro de São Paulo, onde o caso foi investigado.
Segundo a polícia, Gael estava com a mãe, a irmã dele e a tia-avó de Andréia no apartamento do 11º andar. Em depoimento, a tia-avó contou ter ouvido choro do menino e barulho de pancadas na parede e de vidro quebrando na cozinha, onde também estava sua sobrinha. Ao chegar lá, encontrou o menino desacordado, deitado no chão com vômito e coberto por uma toalha de mesa. Em seguida, pediu ajuda.
Ela ainda contou que a sobrinha-neta estava em estado de choque, sem falar nada. Andréia se trancou no banheiro depois. Ainda segundo a tia-avó, a mulher já foi internada outras vezes. Ela não soube dizer, no entanto, se as internações foram por motivos psiquiátricos. Mas estariam relacionados ao consumo de remédios para emagrecimento.
Segundo os peritos que estiveram no apartamento logo depois do crime, o quarto de Gael era o único que não tinha uma cama, apenas um colchão velho no chão, diferentemente dos outros cômodos da casa. Também foi notado que não havia nenhum brinquedo na casa, todos estavam ensacados em um canto na área de serviço.
Em depoimento, a tia-avó de Gael informou que a criança tinha o costume de dormir com ela ou no quarto da mãe. Sobre os brinquedos, ela disse que não sabia que eles estavam ensacados.
Gael foi enterrado em Prata, no interior da Paraíba, cidade natal do pai dele, onde vive a família paterna.