Mecânico roubava e matava após marcar encontros amorosos via redes sociais

Mecânico é suspeito de ter cometido dois assassinatos
Foto: Lisley Alvarenga

Um mecânico de 23 anos foi preso acusado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) de ter marcado dois encontros amorosos através do seu perfil nas redes sociais para roubar os celulares das vítimas e, depois, assassiná-las de forma brutal. Os homicídios ocorreram em setembro de 2018.

Uma jovem de 17 anos, que estava grávida de seis meses, foi executada pelo suspeito com 20 golpes de chave de fenda. Já um travesti de 25 anos foi morto pelo homem a facadas. A polícia acredita que o suspeito, avaliado por eles como um sociopata, tenha assassinado outras vítimas de forma semelhante.

Segundo o delegado da Homicídios de Betim, Otávio Luiz Carvalho, a polícia conseguiu chegar até o suspeito após rastrear o celular da adolescente morta, Daniele Duraes Costa.

“O aparelho dela estava com uma terceira pessoa, que contou ter comprado o celular dele. Ele foi preso no dia 2 de julho deste ano, na casa dele, no bairro Capelinha, em Betim. Inicialmente, ele negou o crime, mas, no terceiro depoimento, confessou que matou a menor”, disse o delegado.

Depois de atrair Daniele para um encontro, no dia 8 de setembro do ano passado, o suspeito a levou para um local ermo às margens da Via Expressa, no bairro Capelinha, em Betim, na região metropolitana. Lá, o mecânico disse que usou cocaína com a vítima e que teve relação sexual com ela.

“Mas, nos exames, não consta que a vítima usou drogas. E, apesar de ela ter sido achada despida, não há comprovação que ela tenha tido relação sexual com ele”, esclareceu o delegado. “Ele justificou que matou a adolescente porque teve um ‘surto’ ao usar a cocaína”, completou Carvalho.

Uma semana antes da morte da garota, o mecânico teria assassinado também o travesti Lailson Ribeiro dos Santos, no bairro Petrolândia, em Contagem. O crime, ocorrido no dia 2 de setembro do ano passado, tem as mesmas características do homicídio em Betim.

“Em Contagem, a polícia pediu a prisão do suspeito por ele ter esfaqueado, matado e levado o celular o homossexual. Assim como ele agiu contra a menor em Betim”, explicou Carvalho.

O delegado informou ainda que o mecânico possui diversas passagens por furto de celulares e que, em 2017, uma das vítimas só não foi morta por ele porque conseguiu fugir.

“Nesse caso, ele abordou uma mulher com uma faca e tentou levar o celular dela”, disse.

Para Carvalho, o mecânico é considerado perigoso e, como cometeu dois crimes bárbaros com as mesmas características, é um sociopata. “Acreditamos que outras vítimas também foram mortas por ele, já que o corpo delas foi encontrado na mesma região em que Daniele e Lailson foram assassinados, e tratam-se de crimes semelhantes”, revelou o delegado.

Pedido de oração

Ao conversar com a reportagem, na manhã desta terça-feira (29), no momento em que o caso foi apresentado para os veículos de comunicação, na Delegacia Regional de Betim, o mecânico, sempre de cabeça baixa, pediu que a família da garota grávida morta ore por ele.

“Só peço para eles me perdoarem e orarem pela minha vida e pela vida dela (Daniele), para que ela esteja em um bom lugar. Não sabia que ela estava grávida. Já o menino (Lailson), não foi eu que matei. Levei ele lá pra cima para outra coisa. Mas não posso contar o que aconteceu. Não sou X9 (delator). Estou preso. Se eu falar, sou morto”, argumentou o suspeito.

FONTEO Tempo
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