Homem é preso suspeito de abusar da própria filha de 8 anos em Betim

Foto: Divulgação PMMG

Um homem de 45 anos foi preso na última quinta-feira (29), suspeito de abusar sexualmente da filha, de 8 anos, em Betim, na região metropolitana de BH. A polícia chegou até ele depois de a mãe da menina ir até à Delegacia da Mulher com as duas filhas registrar o boletim de ocorrência.

O suspeito já foi preso em flagrante em 2013, por ter abusado da filha mais velha, que na época tinha 10 anos. Ele teria chegado em casa, bêbado, despido a criança mais velha enquanto a mãe trabalhava e a menor, que tinha 10 meses, estava dormindo. A menina conseguiu sair correndo de casa com a irmã e pediu ajuda para os vizinhos.

Já o homem ficou quatro anos preso em regime fechado e, em seguida, teve a pena convertida para o semi-aberto. Atualmente ele trabalhava como pedreiro em uma obra no centro da cidade, onde foi preso.


Segundo a delegada responsável pelo caso, Ariadne Elloise Coelho, os abusos foram descobertos pela irmã mais velha da vítima, de 17 anos. “Como os pais estavam separados, ele tinha direito a visita e pegava a criança de 15 em 15 dias. Os abusos aconteciam nessas ocasiões e só foram descobertos porque a mais velha notou que a irmã estava diferente nos últimos tempos, inventando motivos para não ir para a casa do pai, e quis saber o motivo. Ao narrar sua história do abuso sofrido, a caçula se sentiu confortável e contou o que estava acontecendo”, revelou.

Ainda de acordo com Ariadne, a criança demonstrou muita clareza ao narrar os fatos, dando detalhes da situação e até mesmo das sensações de desconforto. “Apesar da pouca idade e de não conseguir precisar as datas específicas, ficamos surpresos com a narrativa. Ela nos contou que ele sempre pedia desculpas após os abusos e dizia que não faria mais, porém, acabava repetindo o ato”, disse a delegada.

O suspeito nega todas as acusações, mas foi encaminhado para o Ceresp da Gameleira, em Belo Horizonte, e pode pegar mais de 10 anos de prisão, uma vez que a pena terá o agravante de ser pai da vítima e também da reincidência.


A mãe foi questionada sobre o motivo de ter permitido a convivência do suspeito com a criança mesmo após a filha mais velha ter sido vítima dele. Segundo a delegada, a mulher alegou que pensava que ele tinha esse direito garantido pela justiça, uma vez que, quando teve as audiências do divórcio e da guarda, o juiz do caso não pontuou esse fato e determinou a guarda compartilhada.

“Houve uma falha na comunicação, porque o juiz da Vara da Família não tem acesso a esse tipo de informação e ela não foi orientada por um profissional a relatar o caso. Além disso, tanto ela, quanto a filha mais velha, afirmaram estar em choque, porque acreditavam que ele tinha mudado”, afirmou.

Em família

Segundo a delegada Ariadne Elloise Coelho, outro detalhe chamou a atenção dos investigadores. “Quando a equipe foi até a casa desse homem acabou descobrindo que um irmão dele também está preso, desde 2016, suspeito de roubar e estuprar mais de dez mulheres em Betim”, frisou.

VIARedação
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