Terceiro imóvel atingido por deslizamento em Ouro Preto desaba durante obras

@wandreycristiano

Dez dias após o início das obras de contenção no Morro da Forca, que deslizou e destruiu dois casarões históricos em janeiro, em Ouro Preto, na região Central de Minas, o terceiro imóvel atingido acabou desabando, na manhã desta quinta-feira (10). Sem qualquer elemento histórico, a estrutura era de um antigo supermercado que foi famoso na cidade.

O Secretário de Obras do município, Antônio Simões Neto, conversou com a reportagem  na noite desta quinta. “Era um galpão conhecido como Varejão da Estação. Por muito tempo foi um varejo muito conhecido na região, mas, já há algum tempo, esse mercado não era mais ali e o galpão ficou fechado”, detalha.

Ainda conforme o secretário, o desabamento da estrutura não teve relação com novo deslizamento ou com a obra que acontece desde o último dia 28 de fevereiro.

“A estrutura dele foi abalada no dia do deslizamento, em 13 de janeiro. Foi colapsando até que, agora, caiu na totalidade. As vigas estavam todas fissuradas, com trincas. Olhando de frente, o lado esquerdo estava estufado desde janeiro, então ela não suportou e colapsou”, explicou Neto.

O galpão não era tombado, por não conter elementos históricos, e era uma propriedade particular. O dono já está em contato com a Defesa Civil de Ouro Preto e com o setor jurídico do município.

Em balanço dos dez primeiros dias da obra, a Prefeitura de Ouro Preto destacou que o Morro da Forca possui 80 metros de altura e, até agora, a empresa responsável já conseguiu reduzir em cerca de 50 metros o montante deslizado.

Assim que a terra é retirada, caminhões a levam para ser despejada na avenida Lima Júnior, no local conhecido como “Curva do Vento”, onde, também em janeiro, parte da pista desabou com as fortes chuvas que atingiram a cidade.

O DESLIZAMENTO

No dia 13 de janeiro de 2022, após dias de chuvas intensas, o deslizamento no Morro da Forca acabou atingindo e derrubando dois casarões históricos, que já estavam interditados desde 2012 devido ao risco do local.

Felizmente, no dia do acidente, a rua foi interditada antes do desabamento e ninguém ficou ferido. Ambas as construções eram tombadas como patrimônio de Minas Gerais.

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