Com delação premiada, policial é condenado por morte de vereador de Funilândia

Julgamento de dupla acusada de assassinar vereador de Funilândia Hamilton Moura — Foto: Fórum Lafayette / Reprodução

Foi condenado nesta quinta-feira (27) a 17 anos de prisão, em regime fechado, o ex-policial Felipe Vicente de Oliveira, pela participação no assassinato do sindicalista e ex-vereador de Funilândia Hamilton Dias de Moura, em julho de 2020. No julgamento, o réu firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público, ocasionando em redução da pena para 10 anos.

Também acusado de participação no assassinato, Thiago Viçoso de Castro foi absolvido das acusações de participação na organização criminosa e da adulteração da arma no crime, mas foi condenado a três meses de detenção por fraude processual e mais quatro anos de reclusão por posse ilegal de arma.

Como Thiago já estava preso e ultrapassou metade da pena na cadeia, a Justiça expediu mandado de soltura e permitiu que ele recorresse em liberdade.

Iniciado nessa quarta-feira (26), o julgamento contou com o depoimento de nove testemunhas, que depuseram ao longo do primeiro dia de sessão. Nesta quinta-feira (27) houve o interrogatório dos dois réus.

Com o acordo de delação premiada, Felipe se comprometeu a responder todas as perguntas feitas pelo juiz, renunciando ao direito de permanecer em silêncio.

Segundo a denúncia, o crime teria sido encomendado pelo ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista, que era adversário de Ronaldo no movimento sindical do setor de transportes. Cerca de R$ 40 mil teriam sido pagos à dupla. O valor teria sido repassado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Contagem (Sintetcon), Santos Mendes da Rocha, 51 anos, preso no último dia 11.

Relembre

Aos 58 anos, o vereador Hamilton Dias de Moura (MDB), de 58 anos foi encontrado morto em 23 de julho de 2020 no bairro Vila Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. O político estava dentro de um carro, no banco do motorista, com perfurações de arma de fogo em seu corpo.

Segundo a denúncia, Ronaldo teria pago R$ 40 mil para que Thiago Viçoso de Felipe Vicente matassem Hamilton. Sob a orientação do ex-vereador, os suspeitos criaram um perfil falso e se passaram por compradores de um lote que o sindicalista estava vendendo.

Um falso encontro foi marcado, quando ocorreu o crime.

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