Um jovem de 18 anos foi resgatado pelos bombeiros após ficar ilhado no rio Itacambiruçu, na divisa entre os municípios de Grão Mogol e Cristália, na região Norte de Minas Gerais. Ele foi surpreendido por uma cabeça d’água e não conseguiu deixar o local, que também é conhecido como “praia do Val”. O rapaz foi socorrido com sinais de hipotermia e encaminhado para um hospital da cidade. Ele foi liberado após avaliação médica.
“É uma história surreal. O porteiro achou que era uma onça, chamou o Corpo de Bombeiros e eles o capturaram, supondo ser um animal selvagem, um gato do mato. Eles simplesmente pegaram e soltaram o gato na mata”, desabafa o dono do pet, o empresário e ator Rodrigo Calil. Conforme ele, o animal ainda não foi localizado. “Eu fui na mata logo quando fiquei sabendo e até agora não encontrei. Os bombeiros me ajudaram por um tempo e depois tiveram que sair, dizendo que tinham que atender um outro caso”, conta.
A confusão que terminou com o desaparecimento do gato teve início logo na manhã desta terça-feira (10). Segundo o empresário Rodrigo Calil, foram enviadas diversas mensagens no grupo de um aplicativo de conversas do condomínio. As mensagens, que teriam sido enviadas pelos porteiros, pediam para que os moradores não deixassem os apartamentos, pois havia uma onça solta pelo local. “Eu acordei por volta de 7h e quando fui olhar o celular vi no grupo do condomínio um pedido para que ninguém fosse ao elevador, eles falavam que tinha uma onça na escadaria”, conta.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o jovem ficou preso após o nível do rio aumentar consideravelmente durante a chuva, gerando uma forte correnteza. O local apresentava diversos riscos ao rapaz, como os de afogamento ou de queda, o que poderia provocar lesões devido a grande quantidade de pedras no curso d’água.
Calil conta que também ficou assustado com as mensagens, mas ao ver uma das fotos percebeu que não se tratava de uma onça, mas do seu gato, de apenas sete meses. “Eu levantei da cama de uma vez e fui olhar pela casa pra ver se encontrava ele, só que não o vi. Aí eu avisei no grupo que não era uma onça, era o meu gato, da raça beagle”, lembra. O empresário relata que procurou pelo porteiro e foi informado pelo profissional de que os bombeiros, responsáveis pela captura do animal, já haviam deixado o local.
“Quando eu saí, ninguém falava nada com nada. As pessoas não sabiam explicar o que havia ocorrido”, conta Calil. O dono do pet conseguiu contato com os militares que fizeram a captura do gato e foi informado por eles sobre o lugar em que o animal havia sido deixado. “Quando perguntei, eles me disseram que não tem conhecimento técnico para saber se é um gato selvagem, uma onça. Apenas que capturaram o animal depois que o porteiro chamou”, relata.
O empresário conta com apoio de conhecidos para dar continuidade as buscas para localizar o pet. Segundo ele, o gato possui um microchip, que funciona como um RG e ajuda a identificar o local do animal, caso ele fuja ou se perca. “Eu espero encontrá-lo. É uma história surreal”, completa. A reportagem de O Tempo entrou em contato com os Bombeiros e até o momento não teve retorno. A matéria será atualizada com o posicionamento.
