“Lista do Massacre” com 35 cidades de Minas assusta estudantes

Um vídeo curto de 8 segundos com uma imagem de uma jovem oriental que ri com as amigas ao fundo. Apesar de ser um vídeo rápido, a mensagem escrita sobre a imagem “inocente” tem uma influência tremenda na vida e na mentalidade de milhares de adolescentes de diversas cidades do Brasil e, principalmente, de Minas Gerais. A “Lista do Massacre”, texto que foi escrito com números no lugar de algumas letras para escapar da “censura” das redes sociais, trás cinco “possíveis estados” e 35 cidades mineiras que poderiam ser alvo de atentados em escolas.

Neste domingo de Páscoa (9 de abril), a publicação atingiu, em um intervalo de apenas 10h, 61 mil curtidas e 18 mil comentários de adolescentes temerosos no TikTok. O texto completava com a informação de que o possível “Ma.” – mais uma forma de falar sobre o massacre sem cair na regulação da rede social -, “tem possibilidade de acontecer no dia 10 ou 20” de abril.

A preocupação dos estudantes é real e pode gerar efeitos graves na saúde mental dos adolescentes. “A pessoa pode até não ter um interesse inicial no tema, mas ao ver essas postagens, pessoas com dificuldade emocional, que lidam com ansiedade, estresse, depressão, acabam se conectando à ideia”, alerta o advogado criminalista e pesquisador em segurança pública, Jorge Tassi. Ele ainda completa afirmando que as redes sociais deveriam ser obrigadas a retirar do ar estes conteúdos. “É uma forma de censura, mas acho absolutamente correto retirar aquilo que é indutor ao crime”, finaliza.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE), o órgão está ciente do ocorrido e emitiu uma nota sobre o assunto. “A SEE reforça que qualquer ameaça contra as escolas é um ato de covardia e é inadmissível que sejam feitas brincadeiras ou publicações de cunho terrorista que possam assustar alunos, professores e familiares. Reforçamos que essas postagens são investigadas pela polícia e podem gerar consequências graves para quem as divulgar”, diz o comunicado.

Ainda segundo a secretaria, as escolas estaduais possuem um protocolo de segurança que é acionado em casos de ameaças ou riscos. Além disso, a pasta informou que está acompanhando o caso e que tomará todas as medidas necessárias para garantir a segurança de alunos e professores.

Apesar das medidas de segurança tomadas pelas escolas, os pais dos estudantes também devem ficar atentos aos comportamentos dos filhos. “É importante que os pais estejam atentos às atitudes dos filhos e que sejam comunicados caso haja qualquer comportamento estranho. O diálogo e o acompanhamento dos familiares são fundamentais para evitar situações de risco”, alerta o especialista Jorge Tassi.

Apesar de ser ainda incerta a autoria e a veracidade do conteúdo, a disseminação de mensagens como a “Lista do Massacre” acaba por gerar pânico e medo em estudantes e familiares. Especialistas alertam para a importância de monitorar e investigar a origem desses conteúdos, bem como responsabilizar os autores por incitar esse tipo de comportamento. As redes sociais também têm um papel importante nesse contexto, devendo tomar medidas para retirar do ar conteúdos que incentivam a violência e o crime.

Por isso, é fundamental que as famílias, escolas e autoridades estejam atentas a esses tipos de mensagens e orientem os jovens sobre como identificar e lidar com informações falsas ou que possam ser prejudiciais. É importante lembrar que a segurança pública é uma responsabilidade de todos, e que é preciso trabalhar em conjunto para garantir um ambiente seguro e saudável para todos.

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