Familiares e amigos do motorista de aplicativo, Ronieli dos Santos Rodrigues, de 35 anos, assassinado a facadas em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, estão revoltados com a soltura do principal suspeito do crime.
“Tenho dó do próximo motorista de aplicativo vai aceitar a corrida uma corrida com uma pessoa igual ele e acontecer o mesmo. Tenho dó da próxima família que possa ser vítima porque, agora, sobrou minha tia com quatro filhos, com quatro crianças, sem ajuda sem recurso. Até quando que a gente vai ver isso no nosso Brasil?”, questionou o sobrinho da vítima, Wesley Alves Laurindo.
Ronieli foi morto com três facadas no pescoço na última terça-feira (23). Segundo a Polícia Militar, um jovem de 24 anos, que já possui passagem por tráfico de drogas, pediu a corrida no Centro de Ribeirão das Neves. Ao chegar no bairro Jardim Verona, o jovem teria sacado uma faca da cintura e anunciado o assalto.
O suspeito foi preso horas depois após ser imobilizado por moradores do bairro Jardim Alterosa, que ficaram indignados após saberem do crime.
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Ontem (25), a Justiça determinou a soltura do suspeito. O Ministério Público havia pedido a conversão da prisão em flagrante para preventiva, pois o crime cometido tem pena de 20 a 30. Além disso, o suspeito entrou no carro de aplicativo armado e esfaqueou a vítima enquanto ela estava com o cinto de segurança, o que dificultou a defesa.
Mesmo assim, a juíza Karen Castro Montes em sua decisão entendeu que o suspeito deve responder em liberdade e que a prisão preventiva é medida de extrema exceção. O suspeito deve comparecer a todos os atos do processo, não pode se envolver em novos delitos nem se ausentar da Grande BH por mais de 30 dias.
“Ele pode responder em liberdade tipo porque não é parente dela, né? Se fosse um filho, se fosse um parente dela, ela havia mandado prender imediatamente”, disse o sobrinho Lucas Giovani.
