Professora é afastada de creche em Vespasiano após denúncia de agressão a aluno autista

Uma professora de uma creche municipal em Vespasiano, Minas Gerais, foi afastada de suas funções pela Secretaria de Educação após a denúncia de que teria dificultado a respiração de um aluno autista de 5 anos, fechando sua boca e nariz simultaneamente. A denúncia foi feita pela mãe da criança, e um processo administrativo foi aberto para apurar o caso, podendo levar à demissão da servidora.

A mãe do menino relatou que seu filho começou a falar em morte após a suposta agressão. Ela decidiu investigar o ocorrido quando ele afirmou que a “tia da escola” havia tampado sua boca e nariz, enquanto o acusava de gritar como um papagaio. Durante uma reunião na escola, a mãe afirma que a professora admitiu ter prendido a respiração do menino há aproximadamente um mês, como forma de mostrar a sensação da “morte”. A direção da escola não se manifestou sobre o assunto.

A Secretaria Municipal de Educação demonstrou solidariedade com o aluno e informou que a servidora foi afastada das atividades com os alunos. Um processo administrativo está em andamento, podendo resultar na demissão da professora. A família do aluno solicitou sua transferência para outra escola, e a Secretaria ofereceu acompanhamento psicológico, caso seja considerado necessário.

Ainda não foi registrado um boletim de ocorrência pelos pais da criança, e a escola não possui câmeras de segurança. Segundo a defensora pública dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Renata Tibiriça, a Lei Brasileira de Inclusão considera como violência qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou psicológico. Ela ressalta a importância de uma formação adequada dos professores para lidar com alunos com deficiência e destaca a responsabilidade da Secretaria de Educação em agilizar a transferência do aluno para garantir sua segurança e protegê-lo de qualquer forma de violência.

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