Em um vídeo publicado nas redes sociais da Diocese de Sete Lagoas, o bispo diocesano, Dom Francisco, realizou uma demonstração com uma criança, mostrando como os pastores e bispos utilizavam o cajado. A criança aproveitou o momento para se divertir.
Na publicação, a Diocese declarou: “Celebração da Santa Missa no Capão do Zezinho, na Comunidade Indígena Kaxixós, Paróquia Nossa Senhora da Abadia, em Martinho Campos. Durante a celebração, o bispo Dom Francisco teve um momento especial de brincadeira com o netinho da Selma Camargos. Que Deus abençoe todos os presentes!”
O Significado Histórico do Cajado e Bordão
Historicamente, o bordão ou bastão era um pau grosso, resistente e pesado, de aproximadamente 60 centímetros a 1 metro de comprimento. Este instrumento servia tanto de apoio quanto de arma, sendo usado pelo pastor para proteger as ovelhas dos ataques de lobos e outras feras. As ovelhas, sendo animais débeis e presas fáceis, dependiam completamente da proteção do pastor.
O cajado, por sua vez, tinha aproximadamente 3 metros de comprimento e possuía uma ponta curvada em forma de gancho. Este design permitia ao pastor impedir a queda das ovelhas à beira de barrancos e penhascos, além de resgatar aquelas que caíam em buracos. A ponta curva se encaixava no peito da ovelha, permitindo ao pastor erguê-la de volta ao caminho.
As ovelhas, com uma visão limitada a 8 a 10 metros, necessitavam que o pastor as guiasse, utilizando o cajado para conduzi-las por terrenos perigosos, mantendo-as em segurança. Portanto, o cajado e a vara eram ferramentas essenciais para a proteção e orientação das ovelhas, nunca sendo usados contra elas.
Este momento simbólico na celebração não só trouxe alegria à criança, mas também relembrou a importância histórica e espiritual dos instrumentos utilizados pelos pastores para cuidar e proteger seu rebanho.
