O governo de Minas Gerais divulgou nesta sexta-feira (5) o calendário escolar da rede pública do Estado.
As aulas vão ter início em 19 de fevereiro de 2018, após o carnaval, e terminam em 18 de dezembro. Serão 30 dias de recesso neste período.
A resolução, no entanto, desagradou o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE).
Segundo a entidade, o objetivo é economizar, uma vez que, com a decisão, o governo vai deixar de pagar parte dos salários dos servidores da educação, como explica a coordenadora-geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira.
“É um desrespeito, tanto com a categoria quanto com a comunidade escolar. O objetivo desse adiamento na nossa percepção é um só: deixar de pagar os trabalhadores em educação parte do mês de fevereiro, deixar de pagar também as extensões de jornada e as exigências curriculares que são questões próprias dos servidores efetivos, não fazer pagamentos relacionados à alimentação escolar e transporte. Ou seja, de novo, o governo de Minas Gerais quer que a educação pague uma conta que não é dela”, comentou Cerqueira.
O governo
Já para o secretário adjunto de Educação em Minas Gerais, Wieland Silberschneider, a mudança no calendário aconteceu por questões administrativas, já que era preciso repor os dias perdidos pelos alunos por causa das paralisações comandadas pelo sindicato em 2017.
“Na verdade, essa alteração não representa nenhum prejuízo para os alunos, que terão os 200 dias letivos mantidos, e também para os professores, que continuarão a ter os recessos, as férias e a semana do servidor, como sempre aconteceu no Estado de Minas Gerais”, comentou o secretário.