Morreu, nesse domingo (8), Ronaldo Vitor Santos, de 49 anos, internado com sintomas de contaminação por dietilenoglicol – substância tóxica encontrada em lotes de cervejas da Backer.
Um sobrinho dele confirmou a informação à reportagem, e o corpo do paciente será transferido do Hospital Regional do Barreiro, onde ele permaneceu sob cuidados médicos por cerca de um mês e meio, ao Instituto Médico Legal (IML) para procedimentos de necrópsia.
Ronaldo Vitor Santos é a sétima pessoa a morrer após dar entrada em uma unidade de saúde em Minas Gerais com quadro de insuficiência renal aguda e problemas neurológicos.
Os primeiros casos de contaminação por dietilenoglicol apareceram em Minas Gerais entre dezembro e os primeiros dias de janeiro. A eles, atrelada a suspeita de que lotes da Belorizontina, um dos rótulos da cervejaria Backer, seriam o vetor da contaminação dos pacientes.
Laudos da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmam a presença da substância tóxica em bebidas da cervejaria. A fábrica da Backer está interditada desde 10 de janeiro por decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Bloqueio de bens
Em 14 de fevereiro, a Justiça de Minas Gerais acatou um pedido do Ministério Público de Minas Gerais e declarou bloqueio de contas e bens móveis da cervejaria até o valor máximo de R$ 100 milhões para reparação às vítimas. No entanto, na última quarta-feira (4), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou um pedido da Backer para reduzir o valor máximo e, agora, estarão bloqueados apenas R$ 5 milhões para reparação.
Em investigação
Ao todo, há 27 casos de intoxicação pela substância sendo investigados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). Outros quatro já estão confirmados, segundo informe publicado pelo órgão estadual na sexta-feira (7).
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