Zema diz que investigações apontam que servidores em home office foram vacinados

Romeu Zema determinou restrição de atividades em duas regiões de Minas Gerais para conter o avanço da Covid-19

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse em entrevista à rádio CBN de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, que investigação preliminar do próprio governo aponta que funcionários que estavam em home office pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) foram vacinados contra a Covid-19.

“As apurações estão em andamento, o Ministério Público e a Assembleia abriu uma CPI, existem divergências de entendimento. Então, até o momento, não há nenhuma conclusão a respeito disso. Eu pessoalmente. como governador, havia dito que eu só seria vacinado de acordo com a ordem cronológica e quando chegar a minha vez e que eu aceitaria qualquer vacina. Pelo que recebi informações preliminares, foram vacinadas pessoas da saúde que estavam em home office, então me parece que não foi conduzido da forma mais adequada, mas as investigações e apurações que vão determinar isso”, afirmou o governador durante a entrevista.

Ao todo foram vacinados 2.680 servidores da secretaria de saúde, alguns deles teriam furado fila. Primeiro foi divulgada uma lista com 828 nomes de servidores lotados em Belo Horizonte. Logo depois surgiu uma segunda lista com 1.852 nomes de servidores imunizados em superintendências localizadas no interior do estado.





As listas foram encaminhadas à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito CPI para apurar o caso. O Ministério Público de Minas Gerais também está apurando o ocorrido.

O ex-secretário de Saúde de Minas, Carlos Eduardo Amaral, ex-secretário de saúde do Estado, foi exonerado no último sábado (13) por causa das denúncias de fura-fila da vacinação contra a Covid-19. Além dele, o secretário-adjunto, Marcelo Cabral, também não faz mais parte da equipe. O médico Fábio Baccherett foi nomeado para o cargo de secretário de saúde.

Minas não vai virar Manaus 

Ainda na mesma entrevista, Zema ressaltou que não tem chances de faltar oxigênio em Minas como o que ocorreu em Manaus. “Sobre oxigênio julgo que é pouco provável que venhamos a ter o que aconteceu em Manaus por que já tomamos todas as medidas para evitar que as unidades de saúde fiquem sem esse produto que é fundamental”, considerou.



Ele também criticou o governo federal por causa da demora na vacinação. “A vacinação no Brasil como um todo poderia estar mais rápida, mas vale lembrar que dentro do contexto América Latina, só temos o Chile que está melhor que o Brasil. Infelizmente o governo federal não conduziu de forma adequada, no ano passado, o convênio com laboratórios e hoje temos pago um preço muito alto por essa questão. Mas temos notícias promissoras que a velocidade de vacinação tem aumentado. Em janeiro e fevereiro o processo foi lento, mas em março já está com uma velocidade maior e, segundo o próprio ministério, em abril vai aumentar mais e em maio mais ainda”, concluiu o governador.

VIARedação
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