Estudante da UEMG é morta com tiro no pescoço em frente a balada em Minas

A jovem foi baleada quando tentou separar uma briga entre o namorado e um homem, não identificado

Estudante da UEMG é morta com tiro no pescoço em frente a balada em Minas
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Foto: Facebook/Reprodução

A estudante Yasmin Martins Videira, de 20 anos, foi morta com um tiro no pescoço quando tentou separar uma briga entre o namorado e um homem, não identificado, na porta de uma boate em Frutal, no Triângulo Mineiro, nesse domingo (15).

A jovem cursava direito na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), em Belo Horizonte, e chegou a ser encaminhada ao Hospital Frei Gabriel, mas não sobreviveu. Os suspeitos fugiram da cena do crime, ninguém foi preso e eles são considerados foragidos.

A Polícia Civil investiga o caso e, conforme o delegado responsável, a maior probabilidade é de que a jovem tenha sido atingida de forma acidental – seja porque um dos suspeitos tentou acertar o outro e errou o disparo, ou por a arma ter caído no chão e ter sido acionada.

Duas testemunhas foram ouvidas pela Polícia Militar. Uma delas, que não conhecia a vítima, afirmou que estava chegando à casa de festas “Riviera de São Lourenço” quando presenciou uma confusão envolvendo três pessoas, os dois homens e Yasmin.

Com medo, ela se escondeu atrás de uma árvore e ouviu um tiro. A testemunha, então, avistou o corpo da estudante caído ao chão e, os dois homens, fugindo. Um deles usou uma moto e, o outro, um carro.

A segunda testemunha, amiga da vítima, contou que estava com o namorado quando escutou o tiro. Pouco depois, ela viu os suspeitos fugirem e Yasmin caída.

A amiga tentou socorrer a estudante, percebeu que havia sangramento intenso na parte frontal do pescoço da vítima e acionou o Corpo de Bombeiros. Nenhuma das pessoas ouvidas presenciou o momento do disparo.

No hospital, a PM ouviu o médico plantonista que atendeu Yasmin. Ele relatou que a jovem chegou sem vida na unidade de saúde e apresentava duas perfurações no pescoço, de entrada e saída da bala.

O proprietário da boate narrou aos agentes que “houve um tumulto” na porta do espaço, mas não soube dizer o que causou a briga, nem se a jovem estava acompanhada de um dos homens. Os policiais tentaram encontrar os suspeitos nas proximidades do estabelecimento, mas ninguém foi preso.

Suspeitos são “conhecidos” e há três linhas de investigação

O delegado Murilo Antonini, responsável pelo inquérito, afirmou à reportagem que a Polícia Civil trabalha com três linhas de investigação por ora. O sabido, pontua, é que houve uma discussão em frente à casa de show e que um dos suspeitos era namorado da vítima. O disparo que atingiu Yasmin ocorreu devido à briga.

“Acontece que não temos ainda a conclusão de quem atirou, mas foi um dos dois. Temos três hipóteses: homicídio intencional, feminicídio, que é a mais fraca e não parece ter acontecido. A segunda, mais factível, é de que ocorreu um homicídio culposo. A arma teria caído no chão, disparou sozinha e acertou a jovem. E, a terceira, é de que, enquanto os homens brigavam, um deles apontou a arma para o outro e acertou a menina. O feminicídio está quase descartado”, detalhou o delegado.

Antonini revelou que tanto o namorado de Yasmin, quanto o outro suspeito, são “conhecidos na cidade” por terem “alguma ligação direta, ou indiretamente com crime”. Ele não soube precisar se os dois têm passagem pela polícia e não os identificou para não comprometer o inquérito. A família de Yasmin não foi encontrada.

Em nota, a Polícia Civil informou que a perícia técnica da entidade realizou os primeiros levantamentos investigativos no local e que o corpo da estudante foi encaminhado ao Posto Médico Legal (PML) de Frutal. Os restos mortais de Yasmin foram submetidos a necropsia. O inquérito ainda está em andamento e motivação do crime não foi divulgada por ora.

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