Família de mineiro morava em Felixlândia que morreu na Argentina tenta trazer corpo há mais de 40 dias

Mineiro morava em Felixlândia — Foto: Arquivo pessoal

A família de Saulo Romaens Silva Oliveira, de 34 anos, está há mais de 40 dias tentando trazer o corpo do mineiro de Felixlândia da Argentina para o Brasil. O estudante de medicina foi vítima de um infarto fulminante, em 16 de julho, e desde sua morte, o governo do país sul-americano posterga a liberação do corpo, conforme alegam os parentes.

O irmão de Saulo, Glauber Oliveira, conta que as autoridades da Argentina estão realizando uma série de exames no familiar dele e justamente isso vem travando o traslado do corpo. “Já fizeram a autópsia em 17 de julho, depois outro no dia 25. Minha irmã foi para a Argentina e falaram que finalmente liberariam o corpo no começo de agosto”, diz.

As expectativas da família se frustraram, mais uma vez, visto que o governo local alegou a necessidade de outro exame ser realizado. “Nesta quinta-feira (25) fizeram outro procedimento e minha irmã pôde acompanhar por vídeo. Desta vez falam que não podem liberar o corpo, pois precisam esperar dez dias até o resultado sair”.

Saulo morava em La Plata, província de Buenos Aires, e o que mais deixa os parentes indignados é de que dias antes de morrer ele procurou uma unidade de saúde alegando estar passando mal, porém a equipe médica não solicitou exames. “Ele passou mal 20 dias antes e foi ao hospital. Falaram que era problema no nervo ciático e sequer pediram exames detalhados, como, por exemplo, um eletro. Agora, depois que ele faleceu e não tem mais o que fazer, prendem o corpo fazendo exames”, destaca.

Amigos de Saulo se mobilizam e manifestam pedindo celeridade na liberação do corpo. “As autoridades argentinas falam que podemos enterrar meu irmão por lá ou então cremá-lo e trazer as cinzas, porém não é isso que desejamos. Queremos fazer uma despedida da maneira que deve ser, com os amigos e familiares. Não tem sentido enterrar o Saulo num país estrangeiro”.

Diante do impasse, a tristeza acomete todos os familiares. “Minha mãe está muito sentimental, além de ter perdido o filho tem que passar por isso. A minha irmã mais velha também está muito abalada. Todos nós sentimos muito”, conta.

Glauber comenta que a família já tomou todas as providências possíveis para conseguir a liberação do traslado. “Estamos perdendo a noção do que fazer. Já fomos no Itamaraty, deputados e, agora, só falta pedir para o presidente. Por todo canto que poderíamos tentar, já tentamos. Um juiz argentino até chegou a dizer que nossa família paga pela incompetência dos órgãos da Argentina”, concluiu.

FONTEO Tempo
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