Justiça determina liberdade de delegada que ficou 31h trancada em apartamento

A delegada da Polícia Civil Monah Zein, de 38 anos, que ficou trancada mais de 31h no próprio apartamento enquanto negociava com policiais, teve a liberdade provisória determinada pela Justiça nesta sexta-feira (24 de novembro). A decisão foi tomada pela juíza Juliana Pagano, da Central de Flagrantes de Belo Horizonte. A audiência de custódia foi realizada no Fórum Lafayette e durou cerca 20 minutos. O caso seguirá em segredo de Justiça.

Em conversa com a imprensa, o advogado Bruno Correia, um dos representantes de Monah, disse que tanto a promotora de justiça quanto a juíza acolheram a argumentação da defesa. “É notório que foi legítima defesa”, diz Bruno sobre os disparos dados pela delegada contra policiais, após um deles supostamente atirar nela com um taser.

A delegada Monah Zein teve prisão preventiva decretada na tarde da última quinta-feira (23 de novembro), por tentativa de homicídio. Desde então, ela estava com escolta policial em um hospital da rede particular da capital mineira. A partir da decisão não terá mais escolta na unidade de saúde.

A defesa da advogada aguarda a publicação do alvará para que a decisão seja cumprida. A expectativa é de que isso ocorra até o fim da tarde desta sexta-feira (24). “Assim que o alvará for publicado e baixado, a escolta tem que sair”, concluiu o advogado.

Segredo de Justiça

Além de conceder liberdade a Monah Zein, a Justiça também determinou segredo de justiça para o processo da delegada. Conforme o advogado Bruno Correia, a decisão atendeu um pedido dos advogados da servidora, que considera a medida uma forma de preservar a cliente. Segundo ele, a  Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais havia disponibilizado informações sobre o caso no sistema judiciário de forma pública.

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