Vacina Janssen chega ao Brasil neste mês: veja detalhes sobre o imunizante

Vacina da Janssen nos EUA

A partir da próxima semana, o Brasil já deve passar a contar com uma nova vacina contra a Covid-19 em sua campanha de imunização, a da Janssen, aplicada em dose única (até o momento, o país utiliza os imunizantes Coronavac, Astrazeneca e Pfizer, todos com duas doses).

Serão recebidas inicialmente cerca 3 milhões de vacinas que, segundo o governo federal estima, devem chegar no dia 15. Os imunizantes têm data de validade próxima (27 de junho).

Abaixo, veja detalhes sobre este imunizante:

Distribuição das primeiras doses
Segundo o Ministério da Saúde informou ao Estadão, para acelerar a entrega devido ao curto prazo de validade, o primeiro lote da Janssen será enviado apenas para as capitais – mesmo modelo adotado inicialmente para os imunizantes da Pfizer. A pasta afirma que vai fazer “mutirões de vacinação” e “ampla campanha” para incentivar as pessoas a irem aos postos de saúde. A meta do governo é esgotar todas as doses em até cinco dias.

No entanto, em contato com a reportagem nesta terça-feira (8), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou que a pasta que comanda pretende “enviar para todos os municípios” o imunizante. Antes de receberem as remessas, todavia, as cidades mineiras “vão ter que assinar um termo de responsabilidade”, explicou.

Uma dose e conservação
A vacina Janssen é produzida pela subsidiária da gigante norte-americana Johnson & Johnson. É a única atualmente que necessita apenas de uma única dose para imunização. Do ponto de vista logístico, a vacina da Johnson & Johnson é considerada a mais atraente do mercado, pois não requer uma cadeia de frio extrema. Segundo a Anvisa, seu  prazo de validade é de três meses quando armazenado na temperatura entre 2°C e 8°C. Após aberto, o frasco pode ser utilizado em até seis horas.

Aprovação
Esta vacina já foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, em 31 março.


Eficácia
Segundo dados do fabricante, a vacina previne a Covid-19 nos casos moderados a graves em 66,1% depois de 28 dias da aplicação da injeção, mas aumenta para 85,4% se considerada apenas a versão grave da doença.

De acordo com a Anvisa, nos testes apresentados, os números foram de 66,9% de eficácia para casos leves e moderados e 76,7% de eficácia para casos graves após 14 dias da aplicação.

Idade
É indicada para maiores de 18 anos, segundo determinação da Anvisa.

Volume no Brasil
Ao todo, o Ministério da Saúde fechou acordo com a Johnson & Johnson para a aquisição de 38 milhões de doses. Pelo planejamento, a previsão de entrega era de 16,9 milhões entre julho e setembro, além de 21,1 milhões de outubro a dezembro.


Efeitos adversos
Este imunizante apresentou reações raras similares à da Astrazeneca em relação a coágulos e trombose, o que fez alguns países proibirem sua aplicação (como a Dinamarca) ou restringirem os grupos. Em abril, a FDA, órgão regulador americano, chegou a suspender temporariamente o uso desta vacina nos Estados Unidos, mas voltou atrás semanas depois considerando que os benefícios da vacina superam os riscos. A França, por exemplo, decidiu administrá-la a pessoas de 55 anos ou mais, assim como no caso do imunizante produzido pela AstraZeneca.

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