Material de campanha que traz Lula como candidato é apreendido em sede do PT

Ministério Público tem recebido denúncias de propagandas que trazem o ex-presidente ainda como candidato; polícia cumpriu ordem na sede do PT na cidade

Foto: Reprodução

A Polícia Militar de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede do PT na manhã desta sexta-feira (28) para recolher material de campanha irregular, que traz Lula como o candidato do partido à Presidência da República. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), foram apreendidas 36 caixas com panfletos, 17 bandeiras e um banner. A decisão é do juiz auxiliar da propaganda eleitoral do TRE, desembargador Alexandre Carvalho.

Segundo o promotor de Justiça e coordenador da Coordenadoria Estadual de Apoio aos Promotores Eleitorais (Cael), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Edson Resende, o órgão tem recebido várias denúncias ao longo da semana sobre material de campanha do partido que ainda traz Lula como o candidato ao pleito.

O promotor afirma que outras apreensões já aconteceram pelo mesmo motivo durante a semana. Casos semelhantes foram registrados em outros seis Estados (Bahia, Ceará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), com o recolhimento do material ilegal pela Justiça Eleitoral. A prática é comum principalmente nas cidades do interior.

Preso desde 7 de abril, Lula teve registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A reportagem entrou em contato com o diretório estadual do PT, mas ainda não teve resposta sobre o caso.

Em nota, o PT disse que os materiais apreendidos certamente foram encomendados antes da rejeição à candidatura de Lula no TSE.

Leia a nota na íntegra:

Em relação ao cumprimento, pela Justiça Eleitoral, da ordem judicial de busca e apreensão do material de propaganda eleitoral no Diretório Municipal do PT, em Uberlândia, na manhã desta sexta-feira, dia 28 de Setembro, o Diretório do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais esclarece:

São fatos públicos que, até o dia 1º de setembro, Lula era o candidato do PT à Presidência da República. Esta condição permitia ampla propaganda eleitoral com seu nome. Desta forma, candidatos aliados poderiam, como fizeram, difundir seus materiais com nome, foto e número dele.

Ademais, estes materiais certamente foram encomendados antes do período referido, o que justifica a existência de eventuais remanescentes.

O PT informa, ainda, que tem expedido orientações a todos os seus candidatos para que fiquem atentos à determinação judicial acerca da cessação e recolhimento de eventuais sobras desses materiais.s desses materiais.

VIARedação
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