Análise aponta que água do Rio Paraopeba está imprópria para o consumo em Pompéu

Uma análise feita por uma equipe da Fundação “SOS Mata Atlântica” nesta sexta-feira (8) apontou que a água do Rio Paraopeba que passa por Pompéu, no Centro-Oeste de Minas Gerais, está imprópria para o consumo.

De acordo com a coordenadora de águas da Fundação, Malu Ribeiro, a análise desta sexta apontou que a turbidez da água do local está em 57,9, na parte mais funda, e 50,9, na superfície. O limite aceitável é até 100. Já o oxigênio da água do local sofreu alterações.

Nesta quinta-feira (7), a Fundação confirmou a presença de rejeitos de lama decorrentes do rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a cerca de 130 km de distância, na cidade de Maravilhas. Na mesma data, a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que os rejeitos se encontram a 200 km do Rio São Francisco.

Conforme Malu, o mínimo necessário para existir vida na água é de 5mg/l de oxigênio. A análise apontou que existem 3,40 mg/l na parte superficial do rio e 3,53 mg/l na parte mais funda. O que é um indicativo que os rejeitos estão chegando ao local.

“O Rio está com contaminado aqui, com condição imprópria. Os rejeitos estão chegando. Lentamente, mas estão chegando”, revelou.

Barreiras de contenção

A diminuição nos volumes de rejeito, conforme Malu, pode ser atribuída à instalação das barreiras de contenção em Pará de Minas. Uma outra análise, feita pela Fundação na última terça-feira (5), indicou que as membranas retiram 50% dos rejeitos presentes na água.

Um levantamento feito pela Prefeitura de Pompéu e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) apontou que, na cidade, existem 49 propriedades rurais e mais de 250 pessoas às margens do Paraopeba.

Destas propriedades, pelo menos seis tem o rio como única fonte de captação. Com o rio contaminado, a Prefeitura estuda medidas para conter os prejuízos à população.

FONTEG1
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