“Você é preto e eu não sou amigo de preto”, diz médico a motorista de aplicativo em Sete Lagoas

Foto: Momentos que as prisões foram realizadas

Na noite desta terça-feira (10), um médico de 52 anos foi detido por cometer injuria racial contra um motorista de aplicativo de 24 anos, na rua Monica, bairro Jardim Arizona, em Sete Lagoas.

Segundo informações da Policia Militar, os militares foram acionados e compareceram ao local, onde o motorista do aplicativo UBER, M.M.S. 24 anos, informou que foi acionado pelo usuário R.R.A. 52 anos, para uma corrida, contudo, logo que iniciou os trabalhos, o passageiro começou uma confusão com o local de destino e solicitou que parasse em outros locais distintos. O motorista também informou para os militares que notoriamente R.R.A, estava com sinais de embriaguez e nervosismo.

Após informar ao passageiro cancelamento da corrida, este passou a injuriá-lo racialmente com palavras de baixo calão e disse: “você é preto e eu não sou amigo de preto”; e em seguida, fechou a porta de seu automóvel com bastante força.

Populares que estavam próximo, visualizaram a situação e informaram para a PM que o autor se tratava de um médico, que mora próximo ao local do fato. Assim, os militares foram até a residência do médico, e tentaram contactar o suposto autor, neste local, porém, não foram atendido.

A vítima foi orientada a comparecer na delegacia de polícia no próximo dia útil para representar contra o autor. Após a saída dos militares do local, companheiros da vítima, outros motoristas de aplicativo, retornaram e passaram a acionar a campainha do apartamento do autor, além de instigá-lo a descer, sendo que foi visualizado por testemunhas que alguns portavam pedaços de pau.




Diante da situação, R.R.A., trajando apenas roupas íntimas e de posse de uma faca foi ao encontro dos motorista de aplicativo, tão logo dispersaram e acionaram novamente a Polícia Militar.

Os militares retornaram ao local e efetuaram a prisão dos envolvidos, identificados pela testemunha, bem como do autor R.R.A. por injuria racial e ameaça.

Durante a confecção do registro, o médico, passou a injuriar novamente os demais conduzidos.

Diante dos fatos, foi dado voz de prisão ao médico que foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil, junto com todos envolvidos.

VIARedação
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