Polícia descobre central do ‘golpe do motoboy’ em apartamento de luxo em BH

Quatro suspeitos de SP foram presos no imóvel, que tinha aluguel de cerca de R$ 4 mil. Apenas uma vítima teve mais de R$ 90 mil de prejuízo.

Um apartamento de luxo no bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, era esconderijo para quatro suspeitos que operavam uma central do “golpe do motoboy”.

Para forjar que eram funcionários de instituições financeiras, o grupo, que agora está preso, contava até com gravações eletrônicas semelhantes a de bancos e de operadoras de cartão de crédito para enganar as vítimas, principalmente idosos.

“Foi localizada uma grande central. Havia pelo menos cinco notebooks ligados a aparelhos eletrônicos para simular a secretária eletrônica de bancos e operadoras de cartão de crédito. Foram localizadas várias máquinas de cartão de crédito, que os autores usavam para fazer compras com esses cartões das vítimas. Foram localizados também aproximadamente R$ 9 mil, em dinheiro, já proveniente desse crime. Localizamos também uma pequena quantidade de droga e uma motocicleta”, disse o delegado Wesley Campos, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).

Entre os presos, estão três homens e uma mulher, com idades entre 22 e 25 anos. Eles foram encontrados no apartamento de luxo na última quarta-feira (6).

“Todos eles são do estado de São Paulo e vieram para Belo Horizonte, se instalaram aqui, única exclusivamente para aplicar esse golpe. Eles estavam pagando R$ 4 mil de aluguel”, afirmou Campos.

‘Golpe do motoboy’

Nesse tipo de golpe, suspeitos ligam para clientes de banco, dizendo que cartões foram clonados ou que foram feitas compras que as vítimas não reconhecem. Fingindo ser de centrais de atendimento, eles orientam a vítima a entrar em contato com a instituição. Entretanto, o golpista não desliga a ligação.

A vítima acredita que ligou para o banco ou central do cartão, chega a ouvir gravações pedindo que as informações como senha sejam digitadas, mas na verdade são os golpistas que continuam na linha.

Depois disso, um falso funcionário orienta a vítima a destruir o cartão, preservando apenas o chip. Na sequência, um motoboy vai até a casa do correntista, também passando-se por empregado de banco, retira o cartão e, em seguida, faz saques, compras e transferências.

Investigações

 

A Polícia Civil começou a investigar o grupo em agosto, depois de receber informações de vítimas. Uma delas levou à delegacia, inclusive, imagens do motoboy que foi até a sua casa buscar o cartão.

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