Cheia do Rio Paraopeba inunda aldeia indígena na Grande BH

Os Pataxó e os Pataxó Hã-hã-hãe que vivem na aldeia foram obrigados a sair de suas casas. Há quase três anos, a aldeia já tinha sido afetada pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.

Os Pataxó e os Pataxó Hã-hã-hãe que vivem na aldeia foram obrigados a sair de suas casas. Há quase três anos, a aldeia já tinha sido afetada pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.

A cheia do Rio Paraopeba alagou a aldeia Naô Xohã, dos indígenas das etnias Pataxó e Pataxó Hã-hã-hãe, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo horizonte, nesta terça-feira (11).

A água invadiu o posto de saúde, banheiros comunitários e casas. Muitas famílias, algumas delas com crianças, ficaram ilhadas e precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros.

Elas foram levadas para abrigos em São Joaquim de Bicas. Cerca de 18 famílias vivem na aldeia.

“O rio tomando conta do que é dele. A natureza tomando conta do que é dela. Mas não há condições de viver aqui mais”, disse um dos indígenas, moradores da aldeia. Ele teme que a água contaminada fique impregnada na terra atingida pela enxurrada. 

Os indígenas foram afetados pela tragédia provocada pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, da Vale, há quase três anos.

O Rio Paraopeba ficou impróprio para o consumo na altura da aldeia por causa da contaminação pela lama. A comunidade luta para conseguir um novo território desde o rompimento. Agora, a situação se agravou com a enchente.

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