A imagem de caixões queimados em um cemitério público de Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas, repercutiu nesta sexta-feira (11). A denúncia era de que, junto com as urnas, restos mortais também haviam sido queimados.
Mas a prefeitura do município, que tem aproximadamente 243 mil habitantes, negou que cadáveres tenham sido carbonizados junto com os caixões. Conforme o executivo, a queima das urnas foi um procedimento padrão e sem irregularidades.
Em nota, a Secretaria de Serviços Urbanos explicou que foi preciso fazer o translado de restos mortais do Cemitério Parque da Serra para o Cemitério da Colina. O transporte, frisa, ocorreu por causa do desabamento do Cemitério Parque da Serra, em 2019, devido a uma obra ao lado da necrópole.
A transferência, justificou a prefeitura, ocorreu para armazenamento em local apropriado para serem novamente sepultadas. “Após autorização das famílias e com acompanhamento dos advogados e representantes das famílias, todos os restos mortais foram transferidos para urnas adequadas e separadas por famílias para o sepultamento provisório no Cemitério Parque da Serra”, explicou a prefeitura.
Após a mudança de cemitério, e com as urnas vazias, os caixões foram queimados. “Tendo em vista que as referidas urnas não podem ser novamente utilizadas procedeu-se a incineração das mesmas”, destacou. Além disso, a prefeitura afirmou que “toda ação foi devidamente registrada por filmagem e fotografia, que estão nos arquivos do processo que ainda estão em tramitação”.
O comunicado ainda ressaltou que “não havia quaisquer restos mortais das referidas urnas”. De acordo com a Polícia Militar, até o momento nenhum boletim de ocorrência foi registrado apontando possíveis irregularidades na queima dos caixões.
