Sobe para 6 cães que morreram após comer petiscos supostamente intoxicados

A suspeita é de que a susbtância proibida estava no petisco dos cães. — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil investiga se a morte de seis cães, em Belo Horizonte, está relacionada ao consumo de petiscos. A delegada Danúbia Quadros relatou, na tarde desta quinta-feira (1º), que um sétimo animal morreu no interior de Minas Gerais, e outros dois em São Paulo.

O número pode aumentar, já que há, ao menos, seis cães estão internados. “A gente tem tomado conhecimento de outros casos de maneira informal, eu acredito que podem surgir novos casos”, afirmou a delegada.

O laudo de necropsia feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que os cães foram contaminados pela ingestão da substância etilenoglicol, usada na fabricação de petiscos. A substância ingerida pelos animais é a mesma encontrada em alguns lotes da cerveja Belorizontina, da Backer, que, em janeiro de 2020, que levou à contaminação de vários clientes da cervejaria. Dez pessoas morreram e pelo menos outras 16 sofreram lesões gravíssimas.

A delegada informou, no entanto, que a Polícia Civil está providenciando um laudo próprio. “Existe um laudo preliminar, mas a polícia tem a perícia científica e vai ser elaborado um laudo próprio tanto com relação aos corpinhos quanto em relação aos produtos”, explicou Daniela.

Tutores que tiverem animais que apresentarem sintomas como vômitos, convulsões e diarréias devem procurar a Polícia Civil, alertou a delegada. A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor fica na rua Martim de Carvalho, número 94, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

Marcas dos petiscos

A delegada não informou quais são as marcas dos petiscos que podem ter causado a contaminação, já que ainda não existe uma comprovação por parte da corporação da presença da substância tóxica nos alimentos. Porém, ela disse que são três marcas, que já foram recolhidas das lojas.

Os casos de mortes em São Paulo devem ser investigados pela polícia do Estado, mas, nada impede que haja uma cooperação entre as polícias.

Cães recuperando

Três cãezinhos, que chegaram a ficar internados após complicações, receberam alta e já estão em casa sendo medicados. “O tratamento com acompanhamento médico prossegue de forma periódica. Tiveram injúria renal aguda e estão se recuperando”, disse a advogada Silvia Valamiel, que representa duas tutoras.

Os cães ficaram internados cerca de 15 dias e o último deles recebeu alta em 18 de agosto. “Eram super saudáveis e ativos. Tinham acompanhamento veterinário frequentemente, porém assim que ingeriram o petisco, começaram a ter muita sede e depois vômito e prostração. Os exames apontaram a alteração renal”.

As tutoras, segundo Silvia, estão muito abaladas. “Eram tratados como filhos da família. Elas vão prosseguir a denúncia. Agora aguardam as provas para requerer no âmbito cível”, disse.

VIARedação
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