Policial que invadiu cela e matou suspeito de estuprar sua mulher agiu sozinho

O policial penal de 36 anos que invadiu uma cela, no último dia 7 de setembro, e matou o suspeito de estuprar sua mulher, além de assassinar outro preso e ferir mais dois, teria agido sozinho no dia do crime. Pelo menos foi isso que concluiu o inquérito da Polícia Civil, divulgado nesta sexta-feira (16) e indiciou o agente pelo duplo homicídio e duas tentativas de assassinato ocorridos no Presídio de Manhuaçu, na Zona da Mata.

O delegado regional em Manhuaçu e responsável pelo inquérito policial, Felipe Ornelas, detalhou que o crime foi motivado por vingança. “Inicialmente, ele teria se deslocado à unidade policial onde o suposto autor do estupro contra a ex-esposa do policial estava recolhido, buscando vingança e justiça com as próprias mãos”, revela.

A apuração indicou que o policial penal entrou na unidade prisional sem chamar atenção dos colegas e obteve a chave da cela onde o alvo estava detido. “O suposto suspeito do estupro implorou de joelhos para que não fosse executado e afirmou que não havia cometido o crime contra a mulher. O investigado, então, atirou contra ele duas vezes e, não satisfeito, declarou que todos ali na cela deveriam morrer pelos crimes supostamente cometidos”, explica o delegado.

Sem outros envolvidos

Ainda de acordo com o delegado Felipe Ornelas, a investigação concluiu que não houve participação de outras pessoas e nem facilitação para a entrada do policial penal no presídio. “Pelo contrário, os policiais que lá trabalhavam tentaram impedi-lo quando ouviram os disparos, e o suspeito os ameaçou também”, conta.

Preso no dia do crime, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, que segue detido.

COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA