Rejeitos de barragem da Vale já atingiram 15 cidades de Minas

A lama de rejeitos da barragem I da mina Córrego do Feijão já chegou a Papagaios, na região Central, a cerca de 250 quilômetros de Brumadinho

A lama de rejeitos da barragem I da mina Córrego do Feijão já atingiu 15 municípios de Minas Gerais e chegou a Papagaios, na região Central, a cerca de 250 quilômetros de Brumadinho, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). 

O rompimento da barragem se deu no dia 25 de janeiro e desde então o rio Paraopeba foi tomado pelos rejeitos. O Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) monitora atualmente 11 pontos na calha do Paraopeba e utiliza informações de mais seis pontos monitorados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

“O objetivo da rede (de monitoramento) é integrar os dados gerados por estas instituições para garantir maior abrangência na avaliação e transparência dos impactos gerados pelo rompimento da barragem no Ribeirão Ferro e Carvão e no rio Paraopeba”, informou a Semad. 

Segundo a Semad, o monitoramento é diário e os sedimentos podem atingir a represa de Três Marias, porém isso ainda não aconteceu e não se sabe se irá ocorrer. A expectativa é que ao longo do tempo o sedimento mais grosso fique retido no reservatório de Retiro Baixo. 

“A Vale está elaborando, com equipe terceirizada e com a supervisão dos órgãos ambientais e de gestão de recursos hídricos, um estudo detalhado. A partir da avaliação desse estudo, será possível para os órgãos ambientais entender melhor a dinâmica do transporte de sedimentos na calha do Rio Paraopeba. A previsão de término desse estudo é para o final do mês de maio”, informou a Semad

Ainda segundo a Semad, para parar o avanço da lama, a Vale está propondo medidas de contenção que estão sendo avaliadas pelos órgãos do Estado. À medida em que as propostas são aprovadas, a empresa instala essas estruturas de contenção.

Por meio de nota, a Vale informou que  estabeleceu um plano de monitoramento da qualidade de água e sedimentos partir de coletas diárias de amostras em 48 pontos nas bacias dos rios Paraopeba e São Francisco. 

“O plano apresentado ao Ministério Público e aos órgãos ambientais prevê a construção de diques no entorno da estrutura rompida; a dragagem de sedimentos mais grossos e pesados, que serão recolhidos e dispostos em locais adequados; e a instalação de barreiras antiturbidez (membranas) ao longo do rio Paraopeba. Atualmente, encontram-se em operação cinco barreiras antiturbidez, sendo três delas na região de Pará de Minas e duas na região entre Betim e Juatuba”, concluiu a empresa. 

Veja a lista das cidades já atingidas:

Brumadinho
Mário Campos
São Joaquim de Bicas
Betim
Igarapé
Juatuba
Esmeraldas
Florestal
Pará de Minas
São José da Varginha
Fortuna de Minas
Pequi
Maravilhas
Paraopeba
Papagaios

COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA