Falso policial empurra grávida de gêmeos do 4º andar de prédio em BH por dívida de R$ 200

Um homem foi preso suspeito de empurrar uma mulher grávida de gêmeos do quarto andar de um prédio, no bairro Jardim América, região Oeste de BH. O crime aconteceu no dia 13 de março, e o suspeito foi preso nessa segunda-feira (15).

Eduardo Generoso Lessa, de 42 anos, se passava por policial civil para assediar as garotas e obrigá-las a fazer programas sexuais. O homem foi cobrar uma dívida de R$ 200 na casa da vítima, de 24 anos, onde mora com a mãe e uma filha pequena.

Chegando ao local, os dois discutiram e o suspeito a jogou pela janela. Ela caiu do quarto andar, batendo antes em um toldo. A vítima, que estava grávida, ficou internada por 10 dias, no Hospital João XXIII.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Cinara Peixoto, o homem explorava diversas mulheres em dois quarteirões da avenida Afonso Pena, perto da Praça do Papa, no Centro da capital.

“A vítima é garota de programa, que atua nessa região. Cada garota de programa, para atuar nessa área, que ele diz ser sua propriedade, deve pagar R$ 50 a ele por programa feito”, explicou a delegada em coletiva de imprensa concedida nesta terça-feira.

De acordo com a delegada, o homem agia na região há pelo menos quatro anos, e era muito agressivo com as mulheres. “Ele se valia de uma falsa identificação de policial civil. Com isso, ajudava com que ele tivesse mais poder sobre elas. Há relatos, inclusive, de que ele andava armado, então as mulheres não tinham outra opção a não ser efetuar os pagamentos”.

A prisão foi feita na avenida Afonso Pena, próximo aos pontos onde ele comandava, na última segunda-feira. De acordo com a delegada, o homem não ofereceu resistência e foi preso.

“Ele negou a prática. Segundo ele, só ficava no local para fazer o transporte das garotas. Ele disse que é motorista de aplicativo, mas não possui nenhum cadastro. Além disso, na prisão dele ontem, estava sem nenhum veículo”.

O suspeito, inicialmente, responderá por homicídio qualificado por motivo fútil. “Contudo, com as provas obtidas na data de ontem, inclusive de mensagens de celular e outras informações que obtivemos, já temos indícios suficientes para a prática de rufianismo [exploração financeira da prostituição alheia, conhecido popularmente como “cafetinagem”]. E ele também aliciava garotas, até de fora do Estado, para trazer para a região e se prostituir”, completa a delegada.

VIARedação
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