“Agora ele vive no céu”, explicou a dona de casa Estefania Pereira de Oliveira, de 31 anos, à filha e à sobrinha, sobre a morte trágica de Guilherme Marlon Lisboa Muniz, de apenas 1 ano e 11 meses, na noite deste domingo (24) em Belo Horizonte.
A criança morreu atropelada depois de cair do colo da mãe que desembarcava do coletivo 608 (Pampulha/Venda Nova), a poucos metros da casa, no bairro Céu Azul, na região de Venda Nova.
As crianças da vizinhança impressionadas repetiam a todo modo “o nenêm morreu, o nenêm morreu”. A vizinha contou que recebeu o aviso sobre o velório, mas optou por não ir. O corpo do menino foi sepultado no cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na grande BH na tarde desta segunda-feira (25).
Ao fim do sepultamento, os familiares retornaram para casa muito abalados. “Estamos machucados. Estamos sem palavras para este momento”, disse a avó materna da criança.
Tragédia
Para a vizinha, a tragédia poderia não ter acontecido se no coletivo tivesse um cobrador. “Eles dizem que não tem cobrador apenas aos domingos, mas é mentira. Nunca tem”, disse. “Minha filha disse que não quer mais andar de ônibus”, acrescentou.
A dona de casa contou que estava em casa no momento do acidente. “Ouvi a avó dele (da criança) gritando e as pessoas desesperadas. Quando cheguei ao local, o corpo da criança já estava coberto”, disse.
“Acho que deveríamos fazer uma abaixo-assinado para ter cobrador ou, pelo menos, um quebra-mola na rua. Hoje foi essa fatalidade, não podemos esperar a próxima acontecer”, comentou.
