Desde o dia em que as 12 barreiras sanitárias instaladas pela prefeitura de Belo Horizonte começaram a operar, 18 de maio, os agentes de saúde já identificaram 1.575 pessoas com sintomas de coronavírus. Ao todo, 602.952 cidadãos foram avaliados nesses equipamentos. Enquanto que na capital as barreiras se transformaram em fortes aliadas na detecção de possíveis novos casos, em Sete Lagoas a iniciativa “não tem sentido”.
Essa é a opinião do secretário municipal de Saúde, Flávio Pimenta, que fez a afirmativa durante Reunião Especial com os vereadores na quarta-feira (24). De acordo com o gestor, que é médico, as barreiras sanitárias seriam ineficientes uma vez que o vírus já circula na cidade. “As barreiras sanitárias são instaladas quando a gente não quer que a doença entre”, disse Pimenta ignorando a possibilidade de o município ir ao encontro de possíveis infectados.
Em Belo Horizonte foram montadas 12 barreiras sanitárias em pontos estratégicos para identificar pessoas com sintomas e, assim, prevenir a transmissão do coronavírus. Nelas profissionais da saúde fazem a escuta de motoristas e passageiros de motocicletas e carros, abordados de forma aleatória, e aplicam um questionário.
São feitas questões se a pessoa teve contato com algum paciente com suspeita ou confirmação de Covid-19 e se apresentou sintomas, como dor de garganta, tosse e perda de olfato e paladar. Todas as respostas são registradas em formulário pelos profissionais.
Eles também medem a temperatura corporal dos entrevistados e orientam sobre o uso correto de máscaras e outras medidas de prevenção. A ação dura menos de um minuto. Quem for parado nas barreiras sanitárias e apresentar suspeita de infecção pelo coronavírus vai receber uma ficha de encaminhamento com a recomendação de procurar uma unidade de saúde específica.
