PC vai à Justiça para suspensão de atividades em clínica onde jovem morreu em BH

Cabeleireira morreu depois de fazer dois procedimentos estéticos em clínica no bairro São Pedro, em Belo Horizonte
Foto: Instagram/reprodução

A Polícia Civil de Minas Gerais vai pedir à Justiça a suspensão temporária dos trabalhos na clínica de estética na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde morreu, no último sábado (12), a cabeleireira Edisa Soloni, de 20 anos, após fazer uma cirurgia plástica. Será pedida também a exumação do corpo da vítima. Não foram informadas as datas em que serão feitos os pedidos.

Novas diligências foram realizadas na clínica nesta quarta-feira (16), quando investigadores da Polícia Civil e um médico perito estiveram no local para dar continuidade à apuração das circunstâncias da morte.  “Durante os trabalhos o suspeito responsável pela intervenção cirúrgica e o anestesista foram ouvidos. Os investigadores verificaram toda a estrutura da clínica e os equipamentos utilizados nos procedimento”, informou à Polícia.

Nesta terça-feira (15) a Polícia Civil também realizou diligências na clínica e descobriu que uma funcionária pública de 39 anos também morreu, em 2011, após fazer uma cirurgia plástica operada pelo mesmo profissional que realizou o procedimento em Edisa, porém em uma clínica diferente. Esse fato vai entrar no inquérito atual. Nesta terça, a polícia recolheu  documentos e laudos médicos na clínica.




Entenda o caso

Uma amiga da cabeleireira, que preferiu não se identificar, contou que a vítima foi à clínica para fazer lipoescultura e enxerto de silicone no glúteo na sexta-feira (11) mesmo após alterações nos exames de risco cirúrgico.  Ela disse que o procedimento foi realizado mesmo com as alterações e sem um médico para socorro caso fosse necessário.

Ainda segundo essa amiga, após Edisa passal mal, ela foi encaminhada para outra clínica, mas morreu um dia depois.

Veja o que diz a clínica:

A clínica esclarece que recebeu, voluntariamente, o delegado de polícia, acompanhado de perito, em 15/09, para vistoria de suas dependências, mesmo sem a apresentação de um mandato judicial ou ordem de serviço. 

Isso porque o Hospital Dia sabe da qualidade de sua infraestrutura, que conta com um avançado centro cirúrgico, com capacidade de suporte pré e pós operatórios, além de todas as instalações necessárias à realização dos procedimentos estéticos.  

Acerca do suposto fechamento da clínica, a direção informa desconhecer qualquer informação para essa tomada de decisão. Inclusive, reforça que nenhum processo relacionado a isso pode ser localizado nos sistemas de consulta do Judiciário Mineiro.

Destacamos, ainda, que o local não foi, sequer, vistoriado pela Prefeitura de Belo Horizonte após o caso. E que a menos de 30 dias, a Vigilância Sanitária esteve nas dependências e manteve o alvará de funcionamento sem qualquer ressalva.

FONTEO Tempo
COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA