A motivação do crime, ainda segundo a polícia, envolve um desentendimento que começou há cerca de dez anos, quando Hamilton e Ronaldo, que faziam parte do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região passaram para lados opostos.
“Aproximadamente dez anos atrás, o autor e a vítima tinham uma aliança, uma aliança política e essa aliança foi rompida. W partir desse rompimento, a vítima passou a assumir comportamentos que causavam ora prejuízo financeiro ao autor, com a propositura de ações direta, e dez dias antes da morte da vítima, houve o desdobramento de uma das ações que eram patrocinadas direta e indiretamente pela vítima no bloqueio de R$500 mil em imóveis. A partir disso, então, segundo a colaboração premiada levantou, foi feito um pedido pra que a execução fosse acelerada, já havia meses que estavam sendo monitorados, que estavam sendo arquitetado esse plano e, a partir dessa condenação foi feito esse pedido, nós precisamos acelerar porque não dá mais pra suportar essa situação, disse o delegado Domênico Rocha.
Ele explicou que a colaboração premiada de um dos suspeitos foi essencial para o desfecho da investigação. O inquérito indiciou dez pessoas. Duas vão responder em liberdade.
Sete estão presas, inclusive o vereador Ronaldo Batista, que foi para a cadeia no dia 15 de outubro.
Segundo a polícia, Gerson Geraldo Cezário está foragido. O advogado dele e do irmão, Antônio Cezário, garante que os clientes negam a participação no crime.
O filho e o irmão de Hamilton de Moura dizem que a família espera pela punição dos suspeitos.
“Não pelo fato de ser meu irmão, mas o histórico dele mesmo, como a própria investigação também mostrou, era uma pessoa incorruptível, haja visto que ele está no movimento sindical desde os anos 80, e morreu pobre. Morreu deixando um terreno que ele comprou na roça, que é terreno barato, uma caminhonete velha que ele deixou para os filhos, isso atuando desde os anos 80, com 18 anos, morreu brutalmente assassinado”, disse Samuel Dias de Moura.
A defesa do vereador Ronaldo Batista disse que o parlamentar foi injustamente envolvido nos fatos e que falta consistência nas investigações. A reportagem não conseguiu contato com os outros citados.