Gesseiro é assassinado na frente do filho de 8 anos em Contagem; “Não mata meu pai”

Criança entrou na frente do atirador e implorou para que o pai não fosse morto, mesmo assim o gesseiro foi assassinado com três tiros

Rua onde ocorreu o crime
Foto: Reprodução Google Street View

“Não mata meu pai”. Essa foi a frase de um menino de 8 anos ao entrar na frente da mira de um revólver e tentar evitar que pai dele fosse assassinado no bairro Santa Maria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (25).

De acordo com a Polícia Militar, a vítima, de 43 anos, é gesseiro e estava junto com o filho  em uma distribuidora de bebidas, na rua Antônio Pires, quando um suspeito vestido de roupa preta e com uma touca ninja se aproximou. O gesseiro ficou com medo e saiu andando pela rua, o garoto o seguiu, mas o atirador também.

O suspeito passou na frente da distribuidora e cumprimentou os funcionários. Mais adiante, ele atirou contra a vítima. A criança contou aos policiais, que ao perceber que o homem estava armardo, ele entrou na frente do pai e pediu por diversas vezes que ele não fosse assassinado, mas não surtiu efeito e foram feitos vários disparos contra a vítima, que tentou sair do local, mas foi perseguida. A criança não ficou ferida.


Testemunhas que conhecem o gesseiro disseram que ele é trabalhador e não era envolvido com a criminalidade. As testemunhas contaram também que a vítima falava ao celular quando o suspeito chegou. Vizinhos do local onde ocorreu o crime foram amparar a criança de 8 anos e acionaram a Polícia Militar. O gesseiro também foi coberto com um lençol por populares para evitar que a criança ficasse vendo o pai assassinado.

Quando os policiais chegaram ao local do crime, encontraram a vítima ainda com sinais vitais e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que, ao chegar, viu que o suspeito estava sem sinais vitais. A perícia da Polícia Civil compareceu ao local e encontrou três estojos vazios de munição calibre .38 e duas cápsulas picotadas (o que significa que os tiros falharam) também do mesmo calibre. O gesseiro foi assassinado com dois tiros na cabeça e um no abdômen.


Testemunhas conseguiram informar que o suspeito seria um participante de uma festa que ocorreu no bairro e deram detalhes de duas tatuagens que o homem tinha, uma rosa e outra com os dizeres “Deus de Fé”. O Serviço de Inteligência da Polícia Militar esteve no local do crime para iniciar os trabalhos de identificação do suspeito.

Quando os militares chegaram, o celular da vítima já tinha sido recolhido por e, por isso, não foi possível apreender o aparelho. O corpo do gesseiro foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte e o caso será investigado pela Polícia Civil.

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