Grupo pressiona, e prefeitura suspende eutanásia de cães em Sete Lagoas

Movimento defende mudanças nas diretrizes da zoonose para animais com leishmaniose

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A eutanásia de cães com leishmaniose está suspensa em Sete Lagoas, região Central de Minas. A paralisação da prática foi definida na manhã desta quinta-feira (24) após reunião entre a prefeitura e representantes da causa animal, que pressionavam a zoonose do município. As partes voltarão a se encontrar em uma reunião com presença do Ministério Público.

A veterinária Maria Paula Ferrari Oliveira participou do encontro com o Executivo nesta quinta. Nas últimas horas, ela fez diversas publicações no Instagram que protestavam contra a eutanásia. Um post com nota de repúdio conta com mais de 8 mil comentários e quase 8 mil curtidas.

 

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Uma publicação compartilhada por Maria Paula Ferrari Oliveira (@mariapaulaferrari)


De acordo com Oliveira, o grupo “não concorda com a maneira na qual a zoonose impõe a eutanásia para a sociedade sem explicar, conscientizar e educar”. Segundo ela, “muitas pessoas entregam os animais por medo”.

“A forma de diagnóstico muitas vezes é questionável, alguns animais têm resultado positivo sem serem portadores da doença. Outro contraponto é o tratamento intitulado por eles, argumentando que existe uma única forma de tratar, com imposição de um medicamento inviável para a maioria da população. Mas os veterinários sabem que existem outras formas de tratamento acessíveis à população, mas eles mostram ser algo irreal e ineficaz”, argumenta.

O que diz a prefeitura 

Por meio de nota, o Centro de Controle de Zoonoses de Sete Lagoas diz estar “aberto para discutir novas condutas e práticas para o controle da leishmaniose no município, desde que dentro da legislação federal”.

A prefeitura argumenta que os cães não estariam sendo “sacrificados indiscriminadamente na unidade”. O município ressalta se amparar na regulamentação do Ministério da Saúde que indica eutanásia para casos de “relevância para a saúde pública”. “A eutanásia de cães com resultado positivo para Leishmaniose é preconizada pela Portaria Nº 1.138”, argumenta.

O município também cita resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária que “indica a eutanásia nos casos em que o bem-estar do animal estiver comprometido quando não se pode controlar seu sofrimento por meio de medicação e outros tratamentos”.

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