Tanqueiros mantêm paralisação em distribuidoras em Minas Gerais

80% da categoria aderiu à greve e que não há intenção de fechar vias de trânsito ou impedir circulação de caminhões, segundo advogado de sindicato

Foto: Ronaldo Silveira/O TEMPO

Grupos de tanqueiros seguem em paralisação na porta de distribuidoras em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, próximo à BR-381, após anúncio de greve do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PMMG) acompanham o movimento e não há paralisação de vias.

Há caminhoneiros na porta de pelo menos cinco distribuidoras, segundo a PMMG. A entrada e saída nos locais está liberada e, no final da manhã desta quinta-feira (21), alguns tanqueiros conseguiam sair dos locais com tanque cheio.

O advogado do sindicato, Rodrigo Bravim, afirma que 80% da categoria aderiu à greve e que não há intenção de fechar vias de trânsito ou impedir circulação de caminhões. De acordo com ele, caminhoneiros autônomos são a maioria dos que têm escolhido entrar nas distribuidoras e abastecer.

O autônomo Gilberto dos Santos, 41, porém, decidiu cruzar os braços em frente a uma das distribuidoras, onde cerca de outros 20 trabalhadores permaneciam à espera de novas orientações do Sindtanque. “Abasteço um posto em Brumadinho e não sei quando vou sair daqui. Estou esperando algum governante olhar para a gente. Não olharam antes, mas a esperança é a última que morre”, diz. Os caminhoneiros reivindicam redução do ICMS sobre os combustíveis.

Outros dois caminhoneiros no local, que pediram para não ser identificados, disseram ter sido surpreendidos pela paralisação nesta manhã e contaram que muitos colegas preferiram sequer sair das garagens. “Costuma durar só um dia. Se render mais uns dois, três dias, aí acredito que falte combustível em postos”, avaliou um deles. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) estima que, caso a paralisação dure 24 horas, possa haver abastecimento.

A reportagem questionou o governo de Minas se haverá reunião com os manifestantes e aguarda retorno.

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