Mãe de mineira presa na Tailândia por tráfico de drogas morre de câncer

Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Thelma Coelho, mãe da mineira presa por tráfico internacional de drogas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, morreu nesta quarta-feira (13) vítima de câncer. Apesar da fatalidade, a advogada de Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, relata dificuldade em dar a notícia para a cliente, detida desde fevereiro no país asiático.

A informação da morte foi confirmada por Talita Franco, advogada de Pouso Alegre, no Sul do Estado, que representa a jovem. “Estamos nesse momento aguardando um retorno do Itamaraty e da Embaixada do Brasil no país para que a família possa ter contato com com ela”, detalhou a defensora.

A jovem, que sonhava em abrir uma loja de doces e bolos em Pouso Alegre, vinha procurando uma forma de ganhar dinheiro para custear o tratamento de câncer de útero que a mãe sofria há três anos. A doença acabou evoluindo para a fase terminal antes de sua prisão.

No início do mês, Mary conseguiu enviar uma carta para os familiares no Brasil. Em um dos trechos da carta, obtida pela revista “Veja”, a mineira fala do que sente falta no país de origem. “Um grande obrigado a todos do Brasil por me ajudarem. Tenho saudade da comida brasileira”, escreveu a mineira.

Relembre o caso

Mary Hellen Coelho Silva foi presa após desembarcar com 15,5 Kg de cocaína na bagagem. Sem defesa certa no país, a jovem pode sofrer condenação até à pena de morte. A mulher tem quatro irmãos e chegou a parar de estudar para trabalhar, retomando, neste ano, o primeiro ano do ensino médio.

A família da jovem conta que ela trabalhou em várias funções, desde vendedora de roupas, atendente de churrascaria e confeiteira. Antes de viajar à Tailândia, que não era de conhecimento de seus familiares, ela nunca havia saído do país e não tinha qualquer passagem pela polícia. Em entrevista ao “UOL”, amigas de colégio de Mary Hellen disseram acreditar que ela foi enganada.

“Ela sempre foi muito amiga de todo mundo e muito boa com todo mundo também. Era respeitosa, confiável. Desde o diagnóstico de câncer da mãe, ela vinha sofrendo bastante. Ainda estamos em choque com a prisão dela”, contou Camila Eduardo Campos, de 20 anos. Também ao portal, a melhor amiga da jovem, Angelique Sanches falou sobre o caos.

“A Mary Hellen era muito inteligente. Não iria transportar drogas e ainda mais fora do país. Algum menino deve ter chamado ela para ir pra Curitiba, devem ter tirado o passaporte por lá e depois ido pra fora do país. Ela é ‘correria’. Trabalha para conquistar as coisas dela. Já trabalhou em pastelaria, lanchonete. Não precisava disso”, disse.

COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA