Mulher morre após passar por procedimentos estéticos em clínica de BH

Paciente colocou silicone e fez lipoaspiração na região das axilas na última semana

É velado no Cemitério Parque da Esperança, em Itabirito, na região Central de Minas Gerais, nesta terça-feira (23), o corpo da atendente Renata Avelino Bretas, de 35 anos, que morreu após passar por procedimentos estéticos em uma clínica na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Na última quarta-feira (17), Renata deslocou para a capital mineira para colocar próteses de silicone de 340 ml em cada seio e fazer uma lipoaspiração na região das axilas.

Os dois procedimentos ocorreram ao mesmo tempo na Clínica Forma, no bairro Santo Agostinho, e a paciente recebeu alta no mesmo dia, retornando para  Itabirito.

“A ex-sogra a acompanhou e, ao voltar da anestesia, a Renata disse às enfermeiras que estava com falta de ar, suava muito, mas ela foi liberada da clínica”, contou a cunhada, Adriana Carla Ribeiro, de 43 anos.

Na sexta, a paciente retornou à clínica e, segundo familiares, contou aos médicos que não tinha melhorado, mas mesmo assim foi liberada novamente.

“Não fizeram exames, não transferiram para nenhum hospital. O mal foi constante o fim de semana todo. Ela sentia muitas dores. Ontem, ela acordou bem, mas depois me ligou dizendo que tinha passado mal outra vez. Cheguei na casa dela e a encontrei sem ar, querendo vomitar. Ela suava gelado, deu convulsões e espumou a boca”, detalhou a cunhada.

A mulher foi socorrida para o Hospital São Vicente de Paula, em Itabirito e, segundo parentes, médicos contaram que ela teve embolia pulmonar, cinco paradas cardíacas e não resistiu.

“A Renata estava planejando fazer esses procedimentos há muito tempo, tinha o sonho de colocar silicone. Acho que a clínica deveria ter se atentado quando ela disse que estava passando mal. Eu ouvi um comentário que os representantes da clínica mandaram uma mensagem no celular do namorado dela falando que lamentavam o caso, mas que os exames feitos anteriormente estavam todos bons”, afirmou Adriana.

Renata, que procurou a clínica após uma vizinha ter feito procedimentos no mesmo local, morava com os pais e o filho de 6 anos. O sepultamento está marcado para as 10h.

A família ainda não decidiu se vai procurar a Justiça. Na manhã desta terça, a reportagem de O Tempo entrou em contato com a Clínica Forma, por telefone, e uma secretária informou que os donos estão no local, mas não vão se manifestar porque “já teriam se posicionado sobre o caso”.

 

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