Enterro de garoto de 2 anos morto em Juatuba é marcado por consternação

Vizinhos cobram a construção de uma creche no bairro em que o garoto morava, pois, segundo eles, isso teria evitado a morte da criança

Enterro foi tomado por consternação e dor
Foto: Bruno Menezes

O pequeno Eduardo Ferreira de Oliveira, conhecido como Dudu, de apenas dois anos e três meses de idade, que foi encontrado já sem vida na manhã dessa sexta-feira (14), em uma lagoa de uma propriedade particular em Juatuba, na região metropolitana de Belo Horizonte, após desaparecer na última quarta-feira (12), foi sepultado no final da manhã desse sábado no Cemitério Municipal de Juatuba.

No local, clima de consternação entre familiares, amigos e pessoas que ao saberem do caso foram até o cemitério para amparar a família. O avô paterno do garoto, Sebastião de Oliveira, afirmou que o neto era esperto e adorava brincar. “Ele era um moleque muito espertinho. Ficava com a gente em casa, não dava trabalho”, disse.

Ainda de acordo com o avô, havia um pressentimento de que o menino estava mesmo dentro da lagoa. “Eu ajudei a caçar ele no mato, mas a natureza me dizia que ele estava mesmo na lagoa. Eu sentia. Hoje tem muita coisa ruim no mundo, mas eu sentia que ele estava ali”, completou.

Incialmente o enterro estava marcado para às 9h, entretanto o corpo só foi retirado no Instituto Médico Legal (IML) de Betim pela funerária por volta das 10h15. O corpo chegou ao cemitério por volta das 11h e foi imediatamente sepultado, sem a realização de velório.

Vizinhos da família de Dudu prometem fazer um protesto nos próximos dias para cobrar da Prefeitura de Juatuba a construção de uma creche no bairro Vila Regina, onde o garoto morava com a família. Na opinião da doméstica Silvana de Souza, 42, uma creche no bairro poderia ter evitado a morte do garoto. “Se tivesse uma creche lá no bairro isso não teria acontecido. Porque a mãe e o pai dele são trabalhadores, precisam sustentar os filhos”, pontuou.

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