MPMG investiga grupo formado para distribuir ivermectina em Sete Lagoas

Foto: Divulgação

Um grupo de empresários e profissionais de saúde da cidade de Sete Lagoas, na região Central de Minas, está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) suspeito de planejar a distribuição de ivermectina no município. O órgão instaurou um procedimento para apurar o fato.

Segundo o MPMG, a suspeita chegou à 7ª Promotoria de Justiça de Sete Lagoas por meio de uma denúncia, que apontou a pretensão do grupo de distribuir o medicamento para a população carente da cidade como forma de prevenção contra a Covid-19. A ivermectina não tem eficácia comprovada contra a doença em nenhuma forma, seja na prevenção ou no controle.

A representação contra a ação do grupo foi entregue ao MPMG pelo PSOL de Sete Lagoas, que recebeu mensagens que teriam sido trocadas pelos envolvidos, que se autodenominaram “Grupo de Apoio na Prevenção do[sic] Covid-19”, combinando a distribuição do material.

Nessas mensagens, às quais a reportagem do Jornal O Tempo teve acesso, lê-se as instruções para a distribuição. “Dr. Otávio sugeriu que nossa abordagem seja apenas na prevenção, ou seja, apenas distribuir ivermectina para 2 meses, às pesoas acima de 30 anos e não vacinadas.” Um espaço seria cedido pela faculdade Facsete, onde os interessados poderiam buscar o medicamento em um determinado dia e horário estabelecido por semana, mediante agendamento


O planejamento do grupo era divulgar a ação pelas redes sociais e que o agendamento deveria ser feito por Whatsapp.

Quatro doações de comprimidos de ivermectina são listadas na mensagem, que somam 8 mil doses. Os comprimidos seriam distribuídos com doses suficientes para dois, mas o texto não especifica qual seria o tamanho das doses.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Sete Lagoas e a administração municipal informou que não tem envolvimento oficial ou extraoficial com a iniciativa, mas ressaltou a autonomia médica no tratamento dos pacientes com a doença.

“O Município enfatiza que segue as recomendações e preceitos do Conselho Federal de Medicina, baseadas em evidências científicas que garantam a saúde do paciente. Esclarece ainda que o profissional médico detém autonomia para prescrever a medicação que achar apropriada ao caso, e que cabe ao paciente aceitá-la ou não”, informa trecho da nota.

A Facsete também foi procurada, mas ainda não se manifestou.

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1 COMENTÁRIO

  1. Site de esquerda é isso mesmo, =D, nunca deve ter lido nem a bula de paracetamol. Bom, uma coisa devemos elogiar, dessa vez a materia veio bem detalhada, diferente das demais.

    “O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, disse que não é verdade a afirmação segundo a qual o tratamento precoce contra a covid-19 é ineficaz. “Infelizmente, certos assuntos foram proibidos. Essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito na fase inicial é mentira”, declarou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira, 25. “Há trabalhos que mostram os benefícios [da terapêutica] na fase inicial, e outros, não. Essa é a realidade. Temos a relação dos trabalhos”, acrescentou o especialista.”

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