Aniversário de 125 anos de BH: artistas mineiros listam lugares preferidos na capital

Belo Horizonte completa 125 anos nesta segunda-feira (12). Para comemorar, o g1 convidou artistas mineiros, de nascimento ou coração, para falar seus lugares preferidos na capital de Minas Gerais.

Conheça um pouco de cada cantinho da cidade escolhido por eles:

Parque Municipal Américo Renné Giannetti (Flávio Renegado)

Lugar preferido do cantor Flávio Renegado, o Parque Municipal de BH foi inaugurado meses antes da fundação da capital, no dia 26 de setembro de 1897. A imensa área verde localizada no centro da cidade abriga cerca de 300 espécies de árvores e mais de 70 espécies de animais vertebrados, além de lagoas e cascatas.

Para Renegado, além de trazer memórias afetivas da infância e da adolescência, o Parque Municipal é importante profissionalmente: foi onde ele gravou o primeiro DVD, em 2013.

“Do meu ponto de vista, é o lugar da inclusão. Independente da sua cor, da sua classe social, todo mundo é sempre bem-vindo no Parque Municipal”, falou.

Praça da Liberdade (Samuel Rosa, Daniel de Oliveira e Thales Bretas)

A Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, foi construída na época da fundação da cidade, entre 1895 e 1897, e planejada para abrigar a sede do poder do estado. E é justamente por guardar tanta história que o local é o preferido do cantor belo-horizontino Samuel Rosa.

“Eu me apego muito a lugares de Belo Horizonte onde eu vejo que há uma memória, há uma história sendo conservada, e talvez o lugar onde eu mais sinta isso hoje é a praça da Liberdade”, afirmou.

Samuel disse que gosta dos edifícios que circundam a praça, como o Niemeyer, construído na década de 1950, e o prédio que hoje abriga o Circuito Cultural Banco do Brasil (CCBB), finalizado em 1930 para ser a sede da Secretaria do Interior do Estado.

“Talvez pela memória afetiva, pelo vínculo emocional que eu tenho com a cidade, é um lugar em que eu ainda gosto às vezes de passear a pé, gosto de estar, e vez ou outra ali, andando na praça e nos arredores, eu ainda sinto que ali resta, restou heroicamente uma Belo Horizonte do passado com a qual eu me identifico mais, que foi a Belo Horizonte onde eu cresci, dos anos 70 e 80, e até mesmo da fundação da cidade (…) Acho gostoso estar ali e respirar ainda uma Belo Horizonte que agoniza, mas heroicamente sobrevive entre tantos prédios e espigões”, falou.

Atualmente, a Praça da Liberdade se tornou um circuito cultural, composto por 14 instituições, dentre museus, centros de cultura e de formação. A praça ainda abriga a Biblioteca Pública de Minas Gerais.

E é esta arte que também encanta o ator Daniel de Oliveira, outra cria da cidade. Além de destacar o colorido da praça, por causa dos jardins e das palmeiras-imperiais, ele se diz um apaixonado pela arte que rodeia o espaço.

O ator ainda disse que já está de malas prontas para passar o Natal em Belo Horizonte.

“Quero dar um beijo na minha cidade que está fazendo aniversário”, disse ele.

O médico dermatologista Thales Bretas, nascido e criado em Belo Horizonte, também guarda muitas memórias na Praça da Liberdade, lugar que mais o encanta na cidade.

“Eu frequento lá desde pequeno porque andava de bicicleta por ali, tomava sorvete, sentia o cheirinho do cipreste em volta dos chafarizes e, depois, quando adolescente e adulto, ia sempre com minha família e os meus amigos aos eventos que tinham na Praça da Liberdade (…) Então, a praça só me traz boas lembranças, e a arquitetura em volta é linda, tem museus importantíssimos, é um lugar ícone de BH”, falou.

Lagoa da Pampulha e região (Clayton e Romário e Fernanda Takai)

Para a dupla sertaneja Clayton e Romário, a Lagoa da Pampulha e toda a região são um lugar especial. Os irmãos são de Goiânia, mas escolheram Minas Gerais para viver. Foi na Pampulha que eles gravam dois DVDs – o último foi em outubro, no Mineirão.

“A gente ama muito, não só a Pampulha, a gente ama Belo Horizonte, devido à toda a história que a gente tem com essa cidade, que é muito importante na minha vida e na vida do meu irmão”, disse Romário.

A Lagoa da Pampulha foi construída entre 1936 e 1938 e foi ampliada a partir de 1940. No entorno do espelho d’água, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, propôs a criação de um complexo urbanístico de lazer e turismo. Ele convidou o arquiteto Oscar Niemeyer e o paisagista Roberto Burle Marx para projetar a Igreja São Francisco de Assis, o Cassino, a Casa do Baile, o Iate Golfe Clube e um hotel.

Em 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha se tornou Patrimônio Cultural da Humanidade.

A cantora Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu, mora perto da lagoa e tem uma relação afetiva com a Região Noroeste da capital, vizinha da Pampulha.

“Eu moro há muito tempo em Belo Horizonte em uma região que é a minha preferida, que é a Região Noroeste, moro aqui pertinho da Lagoa da Pampulha, e quando eu viajo a trabalho, em férias, eu sempre quero voltar justamente para essa cidade que eu amo”, falou.

Mercado Central e Mercado Novo (Débora Falabella)

O Mercado Central foi criado em 1929, com a ideia de ser um ponto de abastecimento para a população de Belo Horizonte, e hoje conta com mais de 400 lojas – cerca de 50 dedicadas à venda de queijo. É um dos principais pontos turísticos da capital e paixão dos mineiros também, como a atriz Débora Falabella.

“Na minha infância, eu tenho lembranças muito lindas do Mercado, eu ia fazer compras com meu pai e ficava muito impressionada, porque era quase que sensorial para mim a visita ao mercado, as coisas que eu via, os cheiros que eu sentia, é um lugar muito lindo que vende coisas deliciosas para quem ama a culinária mineira. Sempre que eu vou lá eu compro queijos, doces. É uma tentação”, disse.

Débora também gosta do Mercado Novo que, de novo, só tem o nome – Foi inaugurado em 1963 em um terreno onde anteriormente havia um abrigo de bondes. O espaço foi revitalizado e ocupado por lojas e bares, tornando-se um dos principais locais da noite belo-horizontina.

“É um lugar que eu adoro visitar, passear, encontrar os amigos. É um ligar muito lindo que vale a pena conhecer”, disse.

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