As remessas de doses da Pfizer que chegarem a Minas Gerais em setembro deverão dar conta, ao mesmo tempo, de reforçar a vacinação de idosos e imunossuprimidos e imunizar adolescentes. O governo estadual prevê que deve receber 7 milhões de doses dessa farmacêutica neste mês.
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) não divulgou o cronograma de vacinação de adolescentes, mas abriu inscrições para que menores de 18 anos com comorbidades se vacinem. No Brasil, apenas a Pfizer está autorizada a ser utilizada em jovens dessa faixa etária.
A PBH garante que só vai incluir os adolescentes na campanha de vacinação quando tiver certeza de que vai receber a quantidade suficiente de doses.
“A Secretaria Municipal de Saúde aguarda a comunicação oficial do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, bem como o envio de vacinas, para a aplicação da terceira dose e vacinação de adolescentes. A prefeitura reafirma a disponibilidade de pessoal e todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo”, disse em nota.
A vacinação de adolescentes não está formalmente incluída no PNI, elaborado pelo Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vem alertando que os Estados e municípios devem seguir à risca o PNI para que não faltem doses para nenhum grupo. Caso contrário, a pasta disse que não vai garantir o envio de novas doses.
“As decisões sobre a aplicação das doses de reforço para idosos e a adicional para imunossuprimidos, redução de intervalo entre doses, intercambialidade de vacinas, vacinação de gestantes e adolescentes, entre outras, são baseadas em evidências científicas, ampla discussão entre especialistas, cenário epidemiológico, população-alvo, disponibilidade de doses e autorização de órgãos regulatórios, como a Anvisa”, disse o Ministério da Saúde, em nota divulgada na quarta-feira, 1.
Mesmo sem o aval do Ministério da Saúde, o governo de Minas Gerais garante a vacinação de adolescentes em setembro. A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) se não há risco de falta de doses da Pfizer no Estado.
Em nota, a pasta informou que “está em constante análise dos documentos técnicos sobre a vacinação contra a Covid-19 emitidos pelo Ministério da Saúde e já elaborou uma proposta abordando a vacinação dos adolescentes entre 12 e 17 anos e também sobre a dose de reforço nos casos elegíveis”.
